Terça, 02 de fevereiro de 2016


(Ml 3,1-4; Sl 23[24]; Lc 2,22-40) 
Apresentação do Senhor.

A festa de hoje fazia parte do ciclo natalino, e de certo modo o encerra, pelo ato de apresentar Jesus no Templo e ouvirmos as profecias sobre o garoto e sua mãe, revelando e aprofundando os mistérios dessas duas vidas que se envolvem no processo da salvação. Mesmo sendo uma festa do Senhor, o nosso olhar se volta hoje para a Mãe Maria e no seu ato de conduzir o Menino ao Templo para resgatá-lo e trazê-lo para o lar de Nazaré, a piedade popular lhe dá o título de Nossa Senhora da Ajuda, do Socorro, do Resgate, do Amparo, da Abadia e nós a invocamos sob o título da Luz, pois assim como seu Filho é luz das nações, é ela que não só leva essa luz ao Templo, mas se torna iluminada por sua comunhão profunda. Isso para dizer o mínimo, do mistério que hoje celebramos na fé e pedimos que acenda em nós desejo de chegar sempre mais a essa Luz que é Jesus.

O texto da Malaquias fala dessa oferta que o próprio Senhor faz de sua vida ao Pai; ela será luz no seu sacrifício: “vai, apresenta ao Pai, teu Menino luz que chegou no Natal”. As luzes que acendemos nesse dia, lembram que a cera se consome para iluminar, assim também a nossa vida é oferecida e consumida na oferta que fazemos de nós mesmos.  Se a luz deve ser colocada no candelabro para iluminar a todos, podemos entender o Jesus luz que uma vez na cruz, será luz para todos que buscam um caminho de libertação e significado em sua vida. Ao mesmo tempo a nossa festa é prenúncio da vigília pascal, onde de novo acenderemos as nossas velas no Cristo-Luz simbolizado pelo círio pascal. Tudo está aqui nessa festa de hoje: o nascimento, a revelação, o mistério da paixão e da ressurreição, tudo sob a luz da palavra de Deus. Vamos nós também ao encontro dessa luz para também tornar-nos luz do mundo, segundo a proposta do próprio Jesus. Alegremo-nos neste dia da Luz, pensando e desejando em sermos transformados no fogo do Espírito, em luz que alegra e ilumina não só a nossa vida, a nossa casa, mas onde quer que estejamos.

Pe. João Bosco Vieira Leite