Quinta, 04 de fevereiro de 2016


(1Rs 2,1-4.10-12; Sl 1Cr 29; Mc 6,7-13) 
4ª Semana do Tempo Comum.

A liturgia nos traz essa transição entre o reinado de Davi e de Salomão. O texto tem um cunho testamentário, não no sentido material do que se deixa, mas dos conselhos essenciais para que ele permaneça na presença do Senhor e observe seus mandamentos como condição para a perpetuação da linhagem davídica. Davi reconhece, na morte, o caminho comum, mesmo para um rei de seu porte; suas palavras podem ser tomadas também por nós como uma busca do essencial no caminho da fé. Mas tal observância é impossível sem uma busca maior de conhecer ao Senhor.

O envio dos doze por parte de Jesus é acompanhado por uma série de recomendações, primeiro no sentido do que não devem levar ou fazer para que não lhes falte o essencial: a confiança em Deus. Essa exagerada preocupação de Jesus diz respeito ao testemunho a ser dado, pois o desapego ou despojamento é o primeiro sinal da confiança. Assim a palavra atinge seus discípulos de todos os tempos: quais são as nossas preocupações? A nossa oração depende também de nossa confiança e da liberdade em que se encontra o nosso coração.


Pe. João Bosco Vieira Leite