(1Rs 2,1-4.10-12; Sl 1Cr 29; Mc 6,7-13)
4ª Semana do Tempo
Comum.
A liturgia nos traz essa transição
entre o reinado de Davi e de Salomão. O texto tem um cunho testamentário, não
no sentido material do que se deixa, mas dos conselhos essenciais para que ele
permaneça na presença do Senhor e observe seus mandamentos como condição para a
perpetuação da linhagem davídica. Davi reconhece, na morte, o caminho comum,
mesmo para um rei de seu porte; suas palavras podem ser tomadas também por nós
como uma busca do essencial no caminho da fé. Mas tal observância é impossível
sem uma busca maior de conhecer ao Senhor.
O envio dos doze por parte de Jesus é
acompanhado por uma série de recomendações, primeiro no sentido do que não
devem levar ou fazer para que não lhes falte o essencial: a confiança em Deus.
Essa exagerada preocupação de Jesus diz respeito ao testemunho a ser dado, pois
o desapego ou despojamento é o primeiro sinal da confiança. Assim a palavra
atinge seus discípulos de todos os tempos: quais são as nossas preocupações? A
nossa oração depende também de nossa confiança e da liberdade em que se
encontra o nosso coração.
Pe. João Bosco Vieira Leite