(2Sm 15,13-14.30; 16,5-13; Sl 03; Mc
5,1-20)
4ª Semana do Tempo Comum.
Davi aparece bastante humilde nesse
texto. Fugindo de Absalão e sendo amaldiçoado por alguém. Sua humildade nasce
do reconhecimento do seu pecado; está disposto a deixar que Deus o humilhe, mas
que haja com misericórdia para com ele. E assim Deus o fará. É uma atitude
bela, religiosa e muito difícil. Ele poderia ter desafogado a própria
agressividade sobre aquele que o amaldiçoava. É difícil resistir, muitas vezes
fazemos essa experiência em situações menos graves. É em Deus que ele coloca a
sua confiança. Peçamos ao Senhor a capacidade de ver as coisas à luz da fé, diante
de Deus, tudo recebendo de suas mãos. Sim gozaremos de sua paz, como uma
criança que se sente segura nos braços de seu pai.
O episódio de Marcos é um tanto
pitoresco e rico em detalhes interessantes. Fala-se da libertação de um homem
que o demônio havia tornado violento consigo mesmo e com os outros. Jesus o
liberta, mas não é compreendido em sua ação. O homem agraciado quer segui-lo,
mas Jesus pede que retorne ao seu lar, para testemunhar o que Deus lhe havia
feito e quem sabe restaurar as feridas que ele mesmo provocou neste período que
esteve fora de si. Quem passou por uma crise tão grave como a do possesso
tem uma outra maneira de falar de Deus e da ação de Jesus. Talvez não
precisemos chegar a tanto para experimentar a força libertadora de Jesus; é
suficiente que abramos o ouvido e o coração a sua palavra e guardemos a certeza
de sua força libertadora em nosso coração.
Pe. João Bosco Vieira Leite