Segunda, 01 de fevereiro de 2016


(2Sm 15,13-14.30; 16,5-13; Sl 03; Mc 5,1-20) 
4ª Semana do Tempo Comum.

Davi aparece bastante humilde nesse texto. Fugindo de Absalão e sendo amaldiçoado por alguém. Sua humildade nasce do reconhecimento do seu pecado; está disposto a deixar que Deus o humilhe, mas que haja com misericórdia para com ele. E assim Deus o fará. É uma atitude bela, religiosa e muito difícil. Ele poderia ter desafogado a própria agressividade sobre aquele que o amaldiçoava. É difícil resistir, muitas vezes fazemos essa experiência em situações menos graves. É em Deus que ele coloca a sua confiança. Peçamos ao Senhor a capacidade de ver as coisas à luz da fé, diante de Deus, tudo recebendo de suas mãos. Sim gozaremos de sua paz, como uma criança que se sente segura nos braços de seu pai.

O episódio de Marcos é um tanto pitoresco e rico em detalhes interessantes. Fala-se da libertação de um homem que o demônio havia tornado violento consigo mesmo e com os outros. Jesus o liberta, mas não é compreendido em sua ação. O homem agraciado quer segui-lo, mas Jesus pede que retorne ao seu lar, para testemunhar o que Deus lhe havia feito e quem sabe restaurar as feridas que ele mesmo provocou neste período que esteve fora de si.  Quem passou por uma crise tão grave como a do possesso tem uma outra maneira de falar de Deus e da ação de Jesus. Talvez não precisemos chegar a tanto para experimentar a força libertadora de Jesus; é suficiente que abramos o ouvido e o coração a sua palavra e guardemos a certeza de sua força libertadora em nosso coração.



Pe. João Bosco Vieira Leite