Quinta, 18 de fevereiro de 2016


(Est 4,17; Sl 137[138]; Mt 7,7-12) 
1ª Semana da Quaresma.
                                              
Você certamente estranhará que o texto de Ester que aqui aparece como 1ª leitura com um único versículo seja tão grande. Na verdade, o livro é uma junção de sua versão hebraica e grega; este trecho que acompanhamos foi escrito em grego, por isso essa diferenciação para alertar o leitor mais curioso. O mais importante aqui é a sua oração ou o modo como expressão a sua aflição diante de Deus numa significativa abertura de coração que não mede palavras para desafogar o que sente e o que precisa. A quaresma insiste conosco nessa espontaneidade que deveria fazer parte do nosso orar.

A oração exige espontaneidade, diz Jesus, com uma certa dose de busca e insistência, mas acima de tudo de confiança e certeza d’Aquele com quem estamos falando. Jesus apela para as imagens que temos de nossas relações mais próximas de confiança: o pai e a mãe. Humanamente falando são limitados ou “maus” por causa do pecado que os envolve, mas mesmo assim são capazes de atos generosos. Deus, que nos ama infinitamente, no qual não há limitações há de nos fazer o melhor que seu coração percebeu nos diálogos que com Ele travamos. E acrescenta que o bem que fazemos aos outros deve estar em sintonia, não interesseira, de consciência do valor que dou ao outro a partir de mim mesmo.



Pe. João Bosco Vieira Leite