(Lv 25,1.8-17; Sl 66[67]; Mt 14,1-12) 17ª Semana do Tempo Comum.
“Herodes queria matar João, mas tinha
medo do povo, que o considerava como profeta” Mt 14,5.
“A
voz do Batista tinha ressonância bem marcante no povo e, por isso, Herodes
temeu a ascensão que João ia adquirindo perante o povo; por sua vez o povo
temia Herodes por suas represálias; neste ambiente e nesse momento ressoa a voz
apostólica e profética do Batista, gritam o ‘Não te é permitido’ (v. 4) aos
poderosos da terra, quando o profeta se converte na voz dos sem voz, dos que
não têm que os defenda contra a injustiça e a opressão. A luta do justo com o
mundo não cessa nunca; as insídias de Herodíades por seu adultério tampouco
cessava; é a eterna luta do mal contra o bem e a perene repulsa do bem contra o
mal. João denuncia a Herodes seu pecado e o faz com energia e com inteireza de
espírito; e a palavra de João produzia no rei remorsos que rasgavam e
torturavam sua consciência; por isso, e pensando que o silenciasse, proferiu
encarcera-lo; porém nem o cárcere, nem a dor dos tormentos, nem o temor de
outros males puderam silenciar a voz profética do Batista” (Alfonso Milagro – O
Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).
Pe.
João Bosco Vieira Leite