Terça, 05 de agosto de 2025

(Nm 12,1-13; Sl 50[51]; Mt 14,22-36) 18ª Semana do Tempo Comum.

“Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos andando sobre o mar” Mt 14,22-36.

“Na quarta vigília, Jesus, andando sobre as águas, vem ao encontro dos discípulos. Na Bíblia, a quarta vigília é a hora da intervenção solícita de Deus. No mar dos juncos, Javé confundiu os egípcios na quarta vigília. Mas pode ser também uma imagem da crise que nos assola na metade da vida, e que associamos ao número quarenta. Na metade da vida, perdemos o chão seguro debaixo dos pés. Levantam-se em nosso inconsciente os vendavais de nossos recalques. Mas, ao mesmo tempo, o meio da vida é um tempo de transformação. Quando Jesus anda sobre as águas, o destino dos discípulos muda. Mas, num primeiro momento, eles sentem medo, pensando que se trata de um fantasma que está vindo ao seu encontro. A experiência de Deus não é sempre agradável, ela pode assustar-nos a ponto de ficarmos com medo. Mas Jesus mostra-lhes como Deus, o Pai misericordioso, gostaria de se encontrar com o ser humano: ‘Homem de pouca fé, por que duvidaste?’ (14,31). O Deus de Jesus é aquele que nos livra do medo, que nos convida à confiança. Com as palavras ‘Sou eu’, Jesus lembra a revelação de Javé na sarça ardente. Em Jesus, Deus mesmo se revela, o mesmo Deus que tirou o povo de Israel do Egito e o conduziu em segurança através do mar Vermelho” (Anselm Grün – Jesus, Mestre da Salvação – Loyola).

 Pe. João Bosco Vieira Leite