Segunda, 4 de agosto de 2025

(Nm 11,4-15; Sl 80[81]; Mt 14,13-21) 18ª Semana do Tempo Comum.

“Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção” Mt 14,19b.

“Era este gesto uma atitude de oração de Jesus, que o repete diversas vezes, o que é confirmado no evangelho. Com isto, Jesus se afastava do costume rabínico que dizia: ‘A regra é que aquele que ora deve ter os olhos baixos e coração elevado aos céus’. Para Jesus, a elevação dos olhos, do olhar para o céu, é uma expressão visível que não só se supõe, mas também produz e ajuda a levantar o coração ao Pai celestial. Tudo isto está afirmando que você deve caminhar na vida com os pés na terra, mas com o coração no céu, e para que ponha seu coração no céu, ajudá-lo-á não pouco o levantar também dos olhos; é preciso que você saiba ver em tudo sua origem: tudo vem de Deus, tudo deve levar você a Deus; não se detenha nesta terra, que é lugar de passagem e não de permanência definitiva e final. Tome, pois, tudo que é deste mundo no seu devido valor como meios que lhe sirvam para chegar à meta, à pátria, ao fim para o qual Deus o/a destinou; não procure explicar nada da vida presente em si e por si, mas enquanto está em relação com a finalidade; assim, por exemplo, a dor, o fato de agora você sofrer, não terá nenhum sentido se você não a considera como um meio que o ajude e lhe sirva para assegurar mais e melhor o fim a que você deve chegar, que não é outro senão a posse de Deus” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite