(Nm 20,1-13; Sl 94[95]; Mt 16,13-23) 18ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus foi à região de Cesareia de
Filipe e ali perguntou aos seus discípulos:
‘Quem dizem os homens ser o Filho
Homem?’” Mt 16,13.
“A
identificação do Messias Jesus passa por três etapas. Na primeira, Jesus quer
saber o que as pessoas pensam a seu respeito. O povo, seguindo a tradição,
considera-o como um dos antigos profetas redivivos. Desta forma, a identidade
de Jesus careceria de originalidade, definindo-o a partir de personagens do
passado cuja volta era esperada no final dos tempos. Na segunda, a
identificação de Jesus revela-se no que o grupo que lhe é mais achegado pensa a
seu respeito. É Pedro quem afirma: ‘Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo!’
Tais palavras revelam a originalidade de Jesus, sua condição de Filho de Deus.
Torna-se desnecessário recorrer a personagens paralelos para identificá-lo. Sua
origem é divina, e foi o Pai quem o constituiu Messias. Pedro foi capaz de
responder corretamente à pergunta do Mestre, por ter recebido uma revelação da
parte do Pai. Na terceira, Jesus vê-se obrigado a acrescentar um elemento
importante, não contemplado na resposta de Pedro: o Messias, Filho de Deus,
estava destinado a sofrer nas mãos de seus inimigos, morrer e, no terceiro dia,
ressuscitar. Logo, era um Messias sofredor. Sem a elucidação feita por Jesus,
os discípulos correriam o risco de nutrir uma imagem distorcida a seu respeito.
A bem da verdade, era preciso deixar tudo esclarecido. – Espírito que
revela o Messias, leva-me a conhecer a verdadeira identidade de Jesus, o qual
é, ao mesmo tempo, Filho de Deus e Messias sofredor” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite