Quinta, 7 de agosto de 2025

(Nm 20,1-13; Sl 94[95]; Mt 16,13-23) 18ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos:

‘Quem dizem os homens ser o Filho Homem?’” Mt 16,13.

“A identificação do Messias Jesus passa por três etapas. Na primeira, Jesus quer saber o que as pessoas pensam a seu respeito. O povo, seguindo a tradição, considera-o como um dos antigos profetas redivivos. Desta forma, a identidade de Jesus careceria de originalidade, definindo-o a partir de personagens do passado cuja volta era esperada no final dos tempos. Na segunda, a identificação de Jesus revela-se no que o grupo que lhe é mais achegado pensa a seu respeito. É Pedro quem afirma: ‘Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo!’ Tais palavras revelam a originalidade de Jesus, sua condição de Filho de Deus. Torna-se desnecessário recorrer a personagens paralelos para identificá-lo. Sua origem é divina, e foi o Pai quem o constituiu Messias. Pedro foi capaz de responder corretamente à pergunta do Mestre, por ter recebido uma revelação da parte do Pai. Na terceira, Jesus vê-se obrigado a acrescentar um elemento importante, não contemplado na resposta de Pedro: o Messias, Filho de Deus, estava destinado a sofrer nas mãos de seus inimigos, morrer e, no terceiro dia, ressuscitar. Logo, era um Messias sofredor. Sem a elucidação feita por Jesus, os discípulos correriam o risco de nutrir uma imagem distorcida a seu respeito. A bem da verdade, era preciso deixar tudo esclarecido. – Espírito que revela o Messias, leva-me a conhecer a verdadeira identidade de Jesus, o qual é, ao mesmo tempo, Filho de Deus e Messias sofredor” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite