Quarta, 6 de agosto de 2025

(Dn 7,9-10.13-14; Sl 96[97]; Lc 9,28-36) Transfiguração do Senhor.

“Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante” Lc 9,29.

“Só Lucas relata que Jesus, na hora da sua transfiguração, orava. ‘Enquanto rezava, o aspecto de seu rosto mudou, e suas vestes se fizeram brancas e resplandecentes’ (Lc 9,29). Na oração entramos em contato com a nossa verdadeira essência. Aí tudo o que é superficial é eliminado. Desfaz-se a máscara por trás da qual nos escondíamos. ‘Transfiguração’ significa que transparece o essencial, a nossa original beleza. O brilho divino que existe dentro de nós irradia do nosso rosto. Então reconhecemos que somos a glória de Deus. Enquanto Jesus é transfigurado, aparecem Moisés e Elias. Moisés é o legislador e o libertador. Quando oramos, a nossa vida se ordena, e experimentamos em Deus a verdadeira liberdade. O que os outros pensam de nós já não é tão importante. Elias é o profeta. Na oração descobrimos a nossa missão profética, adivinhamos que com a nossa vida podemos expressar algo que somente através de nós pode se tornar visível neste mundo. Na oração – assim nos ensina o relato da transfiguração de Jesus – entramos em contato com o nosso ‘eu’ verdadeiro, e então a glória de Deus reluz em nós. Verdade é que aquilo que experimentamos orando não pode ser segurado. Escapa-nos sempre de novo. Uma nuvem escurece novamente a nossa visão, e com apenas a lembrança dessa luminosa experiência temos de voltar para o vale, muitas vezes nebuloso, do nosso dia-a-dia” (Anselm Grün – Jesus, modelo do ser humano – Loyola).

 Pe. João Bosco Vieira Leite