Sábado, 16 de agosto de 2025

(Js 24,14-29; Sl 15[16]; Mt 19,13-15) 19ª Semana do Tempo Comum.

“Então Jesus disse: ‘Deixai as crianças e não as proibais de virem a mim, porque delas é o Reino dos Céus’”

Mt 19,14.

“Um dos problemas que o cristão enfrenta diversas vezes é o de se considerar realizado. Já conhece a Lei de Deus e acha que lhe basta somente um pouco de boa vontade para a cumprir. O Evangelho lembra-nos, pelo contrário, que são as crianças – os pequeninos – que recebem as bênçãos de Jesus. Só quem é tomado pela mão, melhor, tomado ao colo de Deus pode ser realmente fiel à aliança (cf. primeira leitura, anos ímpares), ratificada pelo seu Senhor no dia do seu Batismo. A criança sabe que tudo é graça. As tentações dos adultos, pelo contrário, são a de julgarem Deus – como fez o povo de Israel do exílio pela história que está a viver, e de considerar os outros a causa de suas dificuldades (primeira leitura, anos pares). A atitude que Jesus propõe aos Seus discípulos – e a nós, cristãos hoje – é, no fundo, a que está descrita no salmo 131: a mãe que aprendeu a lição da criança que traz no colo, na sua peregrinação ao Templo. Já não tem pretensões, não está cheia de orgulho, já não anda à procura de coisas grandiosas, superiores às suas forças, como uma criança de três anos que já não procura o leite de sua mãe. – Ó Deus, que mediante Josué estabelecestes uma Aliança com o vosso Povo e em seguida tolerastes as suas murmurações durante o exílio em Babilônia, dai-nos um coração sem pretensões e esvaziado de orgulho, mas tranquilo como a criança nos braços da mãe (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum II] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite