Quarta, 13 de agosto de 2025

(Dt 34,1-12; Sl 65[66]; Mt 18,15-20) 19ª Semana do Tempo Comum.

“E Moisés, servo do Senhor, morreu ali, na terra de Moab, conforme a vontade do Senhor” Dt 34,5.

“Com este capítulo termina não só o Livro do Deuteronômio, mas também todo o Pentateuco. Moisés cumpre o que o Senhor lhe tinha ordenado: subir a uma montanha para descrever a Terra Prometida aos patriarcas e depois morrer (cf. Dt 32,49-50). O povo é confiado aos cuidados de Josué, que continua a missão de Moisés, mas como uma autoridade diferente porque, sublinha o texto, não surgiu em Israel um profeta como Moisés, com o qual o Senhor falava ‘face a face’ (v. 10). [Compreender a Palavra:] Moisés contempla diante dele a meta da sua longa caminhada: admira a Terra para a qual guiou, no meio de peripécias diversas, murmurações e infidelidades, o povo que Deus lhe tinha confiado. Todavia, o grande patriarca não poderá pisar aquele solo sagrado; morre fora da Terra Prometida. Na sua sorte, os israelitas, séculos depois, viram a situação do povo no exílio: devem identificar-se com a culpa de todo o povo e aceitar a morte em terra estrangeira como vontade de Deus. Josué, daqui em diante, conduzirá o povo com autoridade e com espírito de sabedoria que Moisés lhe transmitiu, mediante a imposição das mãos. Mas não é um segundo Moisés, com o qual o Senhor falava face a face. Todos os sábados os hebreus continuarão a ler a Torá, o coração da Bíblia. Todavia, nela não se fala da conquista da Terra. Há a espera de um novo Josué, que mais uma vez atravesse o Jordão e possa distribuir definitivamente a Terra Prometida. O novo Josué, para nós cristãos, é Jesus” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum II] – Paulus).

 Pe. João Bosco Vieira Leite