(Dt 10,12-22; Sl 147 [147B]; Mt 17,22-27) 19ª Semana do Tempo Comum.
“O Filho do Homem vai ser entregue nas
mãos dos homens. Eles o matarão,
mas no terceiro dia ele ressuscitará” Mt 17,22b-23a.
“A
todos nós custa a aceitação não só da cruz, mas também da ideia da cruz; no
entanto, a cruz acompanhará nossos passos e não nos abandonará em toda a nossa
vida. O final será certamente a glória da ressurreição, mas a essa glória
deverá preceder indefectivelmente a dor da cruz. Se agora você se encontra na
etapa da cruz, console-o o pensamento e a certeza da ressurreição e da glória.
As palavras de Jesus eram claras; a obscuridade chegava aos apóstolos por não
poderem harmonizar a ideia que tinham do Messias com seus padecimentos e sua
morte. Por isso, São Lucas diz que ‘eles, porém, não entendiam esta palavra e
era-lhes obscura de modo que não alcançaram o seu sentido’ (Lucas 9,45). Os
apóstolos ‘ficaram profundamente aflitos’ (v. 22) por não compreenderem os
planos de Deus; se tivessem sabido que aquela humilhação e aquelas dores do
Mestre confluiriam para a plenitude da glória da ressurreição, o abatimento
deles não teria sido tão arrasador. Quantas vezes passa você por momentos
semelhantes a este, amargurando-se e mesmo desesperando-se pela cruz que deve
levar sobre os ombros; se ao menos você compreendesse que isso faz parte dos
planos do Senhor a seu respeito e que tudo deverá contribuir para seu próprio
bem e felicidade, você encontraria poderosos lenitivo e estimulante impulso nas
provações de sua vida, a fim de suportá-las com mais serenidade e paz em seu
coração” (Alfonso
Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano –
Ave-Maria).
Pe.
João Bosco Vieira Leite