(Jz 6,11-24; Sl 84[85]; Mt 19,23-30) 20ª Semana do Tempo Comum.
“E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha
do que um rico entrar no Reino de Deus’” Mt 19,24.
“Os discípulos ficaram impressionados, quando Jesus, por meio de uma comparação, afirmou ser difícil a salvação dos ricos. É como querer que um camelo atravesse o buraco de uma agulha. Esta forma exagerada de referir-se a algo impossível, era, neste caso, uma constatação e uma advertência. Quem quisesse salvar-se, deveria agir logo, e decidir-se a romper com o apego às riquezas. O rico está impossibilitado de entrar no Reino dos Céus porque, sendo idólatra, faz pouco caso de Deus, preferindo colocar sua confiança nos bens acumulados, e conta com eles para obter a felicidade. Além disso, ele mantém o coração fechado para os seus semelhantes, sendo incapaz de perceber as necessidades dos outros, tentando socorrê-los com gestos concretos. Sua vida consiste em acumular e usufruir, egoisticamente, sem jamais preocupar-se em partilhar. Uma vez que a salvação consiste em viver a plena comunhão com Deus, os ricos estão fadados à condenação, porque optaram por um modo de vida que não comporta a comunhão. A condenação deles, pois, já começa nesta vida. A morte simplesmente eternizará uma situação que eles mesmos escolheram. O ensinamento de Jesus é inequívoco: não existe salvação para um coração apegado às riquezas. – Espírito de altruísmo, longe de mim deixar meu coração apegar-se aos bens deste mundo, a ponto de perder de vista o amor devido aos meus semelhantes” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite