Sexta, 22 de março de 2024

(Jr 20,10-13; Sl 17[18]; Jo 10,31-42) 5ª Semana da Quaresma.

“E ele lhes disse: ‘Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?’” Jo 10,32.

“As obras prodigiosas de Jesus deveriam ser suficientes para dar credibilidade às suas palavras. Todavia, seus adversários recusavam-se a acreditar nele, persistindo no seu intento de eliminá-lo. Reconheciam haver algo de incomum e inexplicável nas ações de Jesus. Mas concluíam: apesar de ser homem, ele estava querendo passar por Deus. Isto era uma blasfêmia insuportável. As dificuldades de Jesus com seus adversários não provinham de suas palavras, mas de suas obras. Estas é que testemunhavam a seu favor e evidenciavam sua condição divina, rejeitada pelos seus adversários. O testemunho das obras era sempre incômodo, porque não se podia facilmente negar. Quem fora curado por Jesus, não podia deixar de agradecê-lo. Quem fora perdoado de seu pecado e acolhido em sua fraqueza, mantinha viva e publicava a misericórdia do Mestre. Quem tivera sua fome saciada, não podia minimizar as dimensões do milagre. Os adversários de Jesus, por conseguinte, estavam rodeados de testemunhos em favor dele. E todos apontavam na mesma direção: só Deus poderia realizar obras tão maravilhosas! Ao invés de render-se à evidência, estreitavam mais e mais sua rejeição a Jesus. Entretanto, não faltou quem se deixasse convencer pelas obras realizadas por Jesus, depositando nela a sua fé. – Senhor Jesus, que o testemunho de tuas obras abra o meu coração para fé!” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).   

Pe. João Bosco Vieira Leite