(Dn 13,1-9.15-17.19-30.32-62; Sl 22[23]; Jo 8,1-11) 5ª Semana da Quaresma.
“Disseram a Jesus: ‘Mestre, esta mulher foi
surpreendida em flagrante adultério’” Jo 8,4.
“A
situação da mulher surpreendida em adultério e trazida à presença de Jesus
denunciava o caráter dos adversários dele e sua falta de escrúpulos, quando se
tratava de condenar e propor a pena capital. É possível que eles mesmos tenham
forjado uma armadilha para pegar a mulher em adultério e, assim, terem um
motivo para provar Jesus e poder acusá-lo. A questão dirigida a Jesus era
inútil. Se eles sabiam que já estava previsto na Lei a lapidação das adúlteras,
por que pedir a opinião de Jesus? Legalistas como eram, só lhes competia fazer
cumprir a pena prevista. A resposta de Jesus lhes interessava. Se dissesse que
a Lei deveria ser cumprida, teriam argumentos para denunciar a falta de
misericórdia de Jesus. Se dissesse não, eles o acusariam de rebeldia contra a
Lei de Moisés e, igualmente, poderiam impor-lhe a pena de morte. Eles, porém,
não contavam com a armadilha preparada por Jesus. Este desafiou os que julgavam
inocentes a darem início à lapidação. Ninguém teve coragem de fazê-lo. Pelo
contrário, foram saindo, de mansinho, a começar pelos mais velhos. Tem-se a
impressão de que, quanto mais velhos, mais calejados na maldade se encontravam.
Não sobrou ninguém para evocar o cumprimento da Lei. Chegou, então, a hora da
misericórdia! – Senhor Jesus, ensina-nos a ser solidários com as vítimas da
maldade e da injustiça. Que eu saiba sempre agir com misericórdia” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite