Segunda, 18 de março de 2024

(Dn 13,1-9.15-17.19-30.32-62; Sl 22[23]; Jo 8,1-11) 5ª Semana da Quaresma.

“Disseram a Jesus: ‘Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério’” Jo 8,4.


“A situação da mulher surpreendida em adultério e trazida à presença de Jesus denunciava o caráter dos adversários dele e sua falta de escrúpulos, quando se tratava de condenar e propor a pena capital. É possível que eles mesmos tenham forjado uma armadilha para pegar a mulher em adultério e, assim, terem um motivo para provar Jesus e poder acusá-lo. A questão dirigida a Jesus era inútil. Se eles sabiam que já estava previsto na Lei a lapidação das adúlteras, por que pedir a opinião de Jesus? Legalistas como eram, só lhes competia fazer cumprir a pena prevista. A resposta de Jesus lhes interessava. Se dissesse que a Lei deveria ser cumprida, teriam argumentos para denunciar a falta de misericórdia de Jesus. Se dissesse não, eles o acusariam de rebeldia contra a Lei de Moisés e, igualmente, poderiam impor-lhe a pena de morte. Eles, porém, não contavam com a armadilha preparada por Jesus. Este desafiou os que julgavam inocentes a darem início à lapidação. Ninguém teve coragem de fazê-lo. Pelo contrário, foram saindo, de mansinho, a começar pelos mais velhos. Tem-se a impressão de que, quanto mais velhos, mais calejados na maldade se encontravam. Não sobrou ninguém para evocar o cumprimento da Lei. Chegou, então, a hora da misericórdia! – Senhor Jesus, ensina-nos a ser solidários com as vítimas da maldade e da injustiça. Que eu saiba sempre agir com misericórdia” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite