(Is 65,17-21; Sl 29[30]; Jo 4,43-54) 4ª Semana da Quaresma.
“Ouviu
dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia. Ele saiu ao seu encontro
e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu filho, que estava morrendo” Jo 4,47.
“A ação
taumatúrgica de Jesus despertava grande interesse. Seus milagres eram
manifestações palpáveis de seu poder sobre a vida humana. Por isso, acorriam a
ele gente de todos os lugares, suplicando-lhe a cura. E todos eram atendidos,
sem distinção. Exigia-se, apenas, a fé de quem deseja ser curado. Sem esta fé,
o gesto de Jesus poderia ser interpretado como uma espécie de passe de mágica.
Até um oficial do imperador romano, pagão certamente, movido pela fé,
dirigiu-se a Jesus para implorar por seu filho, às portas da morte. O Mestre
questionou-o, como se estivesse subordinando o ato de fé à visão de sinais e
prodígios realizados por ele. O oficial, no entanto, manifestou uma fé
profunda, pelo fato mesmo de partir, imediatamente, assim que Jesus lhe garantiu
que seu filho estava vivo. Ao constar o milagre, ele e toda a sua família
abraçaram a fé. A existência de Jesus pode ser definida como um contínuo
partilhar vida. Ele veio trazer vida e não se recusava a atender a quem se
aproximava dele implorando vida. É paradoxal que, apesar dos sinais realizados
por Jesus, que revelavam sua identidade, houvesse sempre quem o colocasse sob
suspeita. Mesmo assim, o Mestre continuava a dar provas de que viera comunicar
vida, e vida em abundância. – Senhor Jesus, reconheço que és a fonte da vida!
Faze-me participar desta vida que jorra de ti” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João
Bosco Vieira Leite