Quinta, 07 de março de 2024

(Jr 7,23-28; Sl 94[95]; Lc 11,14-23) 3ª Semana da Quaresma.

“Mas alguns disseram: ‘É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios’” Lc 11,15.

“Os milagres de Jesus prestavam-se a toda sorte de interpretação. Quem olhava para o Mestre com bons olhos, via nele o sinal da presença do Reino atuando na história humana, e se maravilhava. Quem, pelo contrário, tinha preconceitos levantava suspeitas contra ele, declarando que seu poder taumatúrgico provinha de Belzebu. Por mais espetacular que fosse o milagre operado por Jesus, sempre havia quem interpretasse de forma maldosa. O Mestre tentou levar seus adversários a raciocinar, sem preconceitos, a respeito de seus milagres. Os gestos portentosos de Jesus visavam sempre desarticular o poder opressor de Belzebu sobre as pessoas. Este poder satânico expressava-se na impossibilidade de alguém se comunicar, de conviver fraternalmente com os outros, de fechar-se no próprio egoísmo idolátrico. Ao libertar as pessoas destas situações, Jesus impedia que Belzebu mantivesse seu poder sobre elas. Ou seja, os milagres representavam uma luta gigantesca entre Jesus e Belzebu. Os milagres eram um indício seguro da vitória do Filho de Deus. Se as coisas não são entendidas assim, é sinal de estar acontecendo uma tremenda cisão no reino de Satanás. Portanto, está para se desmoronar. Pelo contrário, se Jesus está desarticulando o poder de Belzebu, o Reino de Deus está se manifestando na história humana. A atitude mais sensata, neste caso, consiste em acolhê-lo e fazer-se seu discípulo. – Senhor Jesus, ajuda-me a compreender que, em seus milagres, o Reino de Deus irrompeu na história humana e o poder opressor do demônio ficou desarticulado” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).     

Pe. João Bosco Vieira Leite