Segunda, 17 de julho de 2023

(Ex 1,8-14.22; Sl 123[124]; Mt 10,34—11,1) 15ª Semana do Tempo Comum.

“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada” Mt 10,34.

“A afirmação de Jesus a respeito de sua missão soa estranha. Qual terá sido a sua intenção ao declarar: ‘Não vim trazer a paz, e sim a espada’? Como combinar esta declaração coma bem-aventurança relativa aos construtores da paz? As palavras de Jesus visam dirimir um mal-entendido. O alerta: ‘Não pensem que...’ pressupõe que circulavam interpretações equivocadas sobre a sua missão. Muitos tinham-no em conta de um Messias pacificador, que haveria de instaurar o shalom em Israel, um tempo de bem-estar e prosperidade, obtida pelo aniquilamento de todos os adversários da nação, e pela recuperação da liberdade desde há muito perdida. O caminho de Jesus é outro. Seu ministério terá como resultado criar uma grade divisão no seio da humanidade. Ou melhor, explicitar uma cisão que está latente, velada por um falso irenismo que encobre as maldades e as injustiças, impossibilitando a concretização do Reino na história humana: quem pertence e quem não pertence ao Reino. Uma vez concretizada a divisão, aí sim, saber-se-á quem aderiu ao Reino e se dispõe a toma-lo como parâmetro das próprias ações, e quem resiste a submeter-se à sua dinâmica. Então caberá aos discípulos do Reino, reconciliados entre si, buscar atrair quem optou pelo caminho contrário. O ideal de Jesus é ver toda a humanidade reconciliada, mas sobre bases verdadeiras! – Pai, robustece minha adesão a teu Reino, levando-me a pautar por ele todo meu agir e a atrair para ti quem optou pelo caminho da maldade e do egoísmo (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite