Sábado, 15 de julho de 2023

 

(Gn 49,29-32; 50,15-26; Sl 104[105]; Mt 10,24-33) 14ª Semana do Tempo Comum. 

“Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário,

temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno!” Mt 10,28.

“A dura realidade da missão encheria de temor o coração dos apóstolos. A proclamação da Boa Nova do Reino em cima dos tetos teria como efeito atrair o ódio mortal dos inimigos. Como consequência do temor, ficariam bloqueados diante dos perseguidores, e se poriam em fuga. Esta situação colocava os apóstolos num verdadeiro dilema: a quem temer? A Deus, senhor do reino, a cujo serviço se tinha posto, a partir do mandato recebido de Jesus, ou aos adversários, que intentavam tirar-lhes a vida? Que fazer: seguir em frente, sem se deixar intimidar, sofrendo as consequências deste gesto de coragem e buscando ser fiel a Deus ou fugir da missão e acomodar-se, pressionados pela violência dos inimigos? A resposta de Jesus é bem pragmática. O máximo que os perseguidores podem fazer é tirar a vida física dos apóstolos. Mas, perigo maior, seria perder a vida eterna. Isto pode acontecer a quem se mostra infiel a Deus. A ação dos adversários atinge um nível superficial – o corpo –, ao passo que a ação de Deus toca no mais profundo da existência humana – a alma. Logo, o discípulo deve discernir bem a quem deverá temer. Jesus encorajou os apóstolos a confiarem na Providência divina. Suas vidas estavam nas mãos do Pai, que cuida de cada um, com todo o carinho. É quanto basta para não terem medo de enfrentar os adversários. Temer, só a Deus! – Pai, que a perseguição malvada dos que pretendem levar-me a ser infiel à missão recebida de Jesus jamais me impeça de seguir adiante, com coragem (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas). 

Pe. João Bosco Vieira Leite