(Gn 49,29-32; 50,15-26; Sl 104[105]; Mt 10,24-33) 14ª Semana do Tempo
Comum.
“Não tenhais medo
daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário,
temei aquele que pode
destruir a alma e o corpo no inferno!” Mt 10,28.
“A dura realidade da
missão encheria de temor o coração dos apóstolos. A proclamação da Boa Nova do
Reino em cima dos tetos teria como efeito atrair o ódio mortal dos inimigos.
Como consequência do temor, ficariam bloqueados diante dos perseguidores, e se
poriam em fuga. Esta situação colocava os apóstolos num verdadeiro dilema: a
quem temer? A Deus, senhor do reino, a cujo serviço se tinha posto, a partir do
mandato recebido de Jesus, ou aos adversários, que intentavam tirar-lhes a
vida? Que fazer: seguir em frente, sem se deixar intimidar, sofrendo as
consequências deste gesto de coragem e buscando ser fiel a Deus ou fugir da
missão e acomodar-se, pressionados pela violência dos inimigos? A resposta de
Jesus é bem pragmática. O máximo que os perseguidores podem fazer é tirar a
vida física dos apóstolos. Mas, perigo maior, seria perder a vida eterna. Isto
pode acontecer a quem se mostra infiel a Deus. A ação dos adversários atinge um
nível superficial – o corpo –, ao passo que a ação de Deus toca no mais
profundo da existência humana – a alma. Logo, o discípulo deve discernir bem a
quem deverá temer. Jesus encorajou os apóstolos a confiarem na Providência
divina. Suas vidas estavam nas mãos do Pai, que cuida de cada um, com todo o
carinho. É quanto basta para não terem medo de enfrentar os adversários. Temer,
só a Deus! – Pai, que a perseguição malvada dos que pretendem levar-me
a ser infiel à missão recebida de Jesus jamais me impeça de seguir adiante, com
coragem” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano
A] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite