Sábado, 8 de julho de 2023

(Gn 27,1-5.15-29; Sl 134[135]; Mt 9,14-17) 13ª Semana do Tempo Comum.

“Disse-lhes Jesus: ‘Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles?

Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então sim, eles jejuarão’” Mt 9,15.

“A Igreja é peregrina; vai por este mundo, caminhando para o Pai, conduzida por seu Chefe, Jesus Cristo, que, colocado à frente do povo de Deus, iluminando a estrada com a luz de sua vida e de sua doutrina e dando-lhe força com o impulso de sua graça, leva todos os filhos de Deus à casa do Pai. O final são os braços de Deus Pai; o final será indefectivelmente a felicidade de gozar do amor paterno. Será então que todos estaremos juntos em uma única comunidade de amor: o amor infinito de Deus; não haverá nem prantos, nem sofrimentos, nem angústias, nem necessidade de sacrifícios, jejuns ou privações, pois o amor suprirá tudo com a força de seu gozo infinito. Não obstante, agora estamos no momento da peregrinação e o peregrino está sujeito ao cansaço, ao esgotamento, à ânsia de chegar rápido à pátria. É esta necessidade do sacrifício, da mortificação, do jejum, da negação de nossas preferências; são as gotas de sangue, que diariamente devemos derramar no cálice, para podermos dispor da matéria necessária para nosso sacrifício; são os grãos de trigo com os quais cada dia iremos conseguindo a farinha de que necessitamos para a hóstia de nosso oferecimento eucarístico. Isto é, a hóstia de nossa vida não somente seremos nós, mas também devemos amassar-nos a nós mesmos. E assim, cada vez que tivemos de suportar uma contrariedade, ou uma doença, um cansaço, a rejeição de um gosto ou desejo, a privação de uma comodidade, devemos pensar: um grãozinho de trigo a mais, para a hóstia de minha missa de amanhã; um baguinho de uva a mais para o cálice de minha missa de amanhã” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

 Pe. João Bosco Vieira Leite