Sábado, 15 de abril de 2023

(At 4,13-21; Sl 117[118]; Mc 16,9-15) 

Oitava de Páscoa.

“Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar” Mc 16,11.

“A superação da incredulidade, por parte dos primeiros discípulos, aconteceu mediante um penoso caminho trilhado pela comunidade a fim de entender o que se passara com o Senhor. Não dava para acreditar que estivesse vivo quem fora vítima de horrenda morte de cruz! As imagens do Mestre desfigurado pelas torturas, cravado na cruz, com o lado perfurado por uma lança estavam ainda demasiadamente vivas na memória dos discípulos, para que pudessem dar crédito ao que se falava a respeito da ressurreição de Jesus. O testemunho de quem havia dado o passo da fé era sumariamente desprezado. Quando Maria Madalena comunicou aos discípulos – tristonho e imersos em pranto – que o Senhor estava vivo, eles não lhe deram crédito. Igualmente, não acreditaram nos dois discípulos que tinham tomado consciência da ressurreição de Jesus, enquanto voltavam para o campo. A incredulidade dos Onze só foi superada após a refeição com o Mestre. A censura que ele lhe dirigiu, por serem duros de coração, valeu também para todos quantos persistiam em lastimar a morte do amigo, sem se darem conta de que algo novo havia acontecido. Era urgente deixar a incredulidade de lado, pois tinham uma grande missão a cumprir: ir pelo mundo inteiro e proclamar o Evangelho a toda criatura. O conteúdo da Boa Nova a ser anunciada consistia exatamente no fato da ressurreição do Senhor e que por meio dela era possível obter a salvação oferecida pelo Pai a cada ser humano. – Pai, livra-me da incredulidade que me impede de ser proclamador da ressurreição de teu Filho Jesus, por quem nos é oferecida a tua salvação (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite