Quarta, 19 de abril de 2023

(At 5,17-26; Sl 33[34]; Jo 3,16-21) 2ª Semana da Páscoa.

“De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele” Jo 3,17.

“O processo de formação para o discipulado requer a compreensão da identidade de Jesus e da sua missão. A fé consiste na adesão ao Mestre assim como se nos apresenta. Quanto mais adequada for esta compreensão, tanto mais profundo será o compromisso da fé. Eis por que Jesus pôs-se a instruir Nicodemos a este respeito. O Filho é a expressão perfeita do amor do Pai pela humanidade, que o ofereceu como prova de amor. A origem divina de Jesus dá credibilidade às suas palavras, pois seu testemunho reporta-se diretamente a Deus. Ele não é um simples intermediário entre o Pai e a humanidade. É a encarnação do amor de Deus. A missão terrena de Jesus consistiu em colocar-se inteiramente a serviço da salvação da humanidade, proporcionando-lhe a vida eterna. Ele a resgata do poder do pecado e da morte, abrindo-lhe perspectivas novas de comunhão com Deus. Por seu ministério destruiu-se o muro de separação erguido entre o Criador e a criatura, refazendo-se a amizade inicial. Não compete a Jesus ser o juiz da humanidade, condenando-a por seus pecados. Cabe-lhe, sim, ser seu salvador. Mesmo que a humanidade prefira as trevas em detrimento da luz, a missão do Filho de Deus permanece inalterada. O gesto de recusar a luz traz em si o germe da condenação, porém não tolhe o ser humano da responsabilidade de converter-se para a luz. Jesus é infinitamente paciente e espera que o ser humano se decida em favor dele. – Pai, instrui-me, por teu Espírito, a respeito da pessoa e da missão de Jesus, e leva-me a aderir ao teu Filho, sempre com maior radicalidade (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite