Sábado, 01 de abril de 2023

(Ez 37,21-28; Sl Jr 31; Jo 11,45-56) 

5ª Semana da Quaresma.

“Muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele” Jo 11,45.

“O testemunho de Jesus e a adesão que ele suscitava colocavam em risco a estrutura religiosa de sua época. O contexto religioso de rígido tradicionalismo, de hierarquias e privilégios, de conflitos de facções, de jogos de interesses tornava-se vulnerável diante da postura do Mestre. Não que Jesus fosse respaldado pelo prestígio de uma escola rabínica ou de famílias ou grupos importantes. O perigo consistia no fato de muitas pessoas darem crédito às suas palavras e aderirem ao grupo, sempre crescente, que se formava ao redor dele. As autoridades religiosas demonstravam ter uma preocupação política. O movimento de Jesus poderia ser entendido pelos romanos como uma provocação. E as consequências disto seriam trágicas para a nação. Se não fosse contido a tempo, haveria o perigo de ‘todos’ crerem nele, e os romanos virem a destruírem o templo e a nação. A solução apresentada por Caifás parecia ser bastante prudente: ‘É melhor um só homem morrer pelo povo, do que a nação inteira perecer!’. Acolhida esta sugestão, decretou-se a morte de Jesus. Com esta finalidade, iniciou-se verdadeira caçada para prendê-lo. Todavia, o motivo verdadeiro da condenação à morte foi de caráter religioso. Isto ficará patente no fato de Pilatos, autoridade romana, não se mostra interessado em condenar Jesus. A verdade é que a liderança religiosa já não podia mais suportar o comportamento do Mestre por ser religiosamente perigoso. – Pai, ajuda-me a compreender, sempre mais profundamente, o caminho para encontrar-me contigo, que Jesus nos ensinou. Livra-me, também, do apego aos esquemas já superados (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite