Sábado, 18 de março de 2023

(2Sm 7,4-5.12-14.16; Sl 88[89]; Rm 4,13.16-18.22; Mt 1,16.18-21.24) São José, esposo de Maria e padroeiro da Igreja.

“Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo” Mt 1,16.

“Do ponto de vista da pregação, para que serve uma lista de nomes, no caso uma genealogia? Aparentemente, não há nisso muita coisa a ser espremida como doutrina, ensinamento moral ou algo assim. Seria como pedra da qual não se tira água. A Bíblia, no entanto, afirma que Deus fez sair água de pedra. Que ele, pois, nos comunique uma verdade através dum texto como esse não será grande maravilha. Por sinal, já ouvi dizer que um homem se converteu ao ler a genealogia porque, ao cair em si, reconheceu: ‘Se todos esses homens morreram, eu também vou morrer’. A descoberta de sua finitude o levou a aproximar-se de Deus. A verdade, porém, que desejamos ressaltar no momento é a humanidade de Jesus. Para muitos, isso é tão óbvio que sequer mereceria discussão. Pena que tal reconhecimento de obviedade acabe terminando em negação da natureza divina de Jesus. Para outros, porém, Jesus teria apenas a natureza divina sendo seu aspecto humano apenas aparência. A mensagem evangélica, no entanto, não autoriza tal desumanização de Jesus já que a própria redenção implica o fato de, na cruz, ter morrido por nós um homem perfeito, um homem chamado Jesus Cristo, um homem que teve uma história pessoal e familiar, história essa forjada no passado por sucessivas gerações de carne e osso. – Ó Deus feito homem, obrigado por teres assumido a nossa condição dependente e frágil de criatura para ser o sacrifício que nós deveríamos ser. Amém (Martinho Lutero e Iracy Dourado Hoffmann – Graças a Deus [1995] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite