(Is 1,10.16-20; Sl 49[50]; Mt 23,1-12)
2ª Semana da Quaresma.
“Os mestres da Lei e
os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, deveis
observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e
não praticam” Mt 23,2-3.
“Jesus confirma a
autoridade dos escribas e fariseus. O que eles ensinam está perfeitamente
correto. Mas ele os acusa de não mexerem um dedo sequer ‘para remover os
fardos’ (não ‘tocá-los’ ou não ‘movê-los’, como dizem algumas traduções). Nada
fazem para interpretar a lei de maneira que não se torne um peso desnecessário
para os homens. No fundo, eles não se interessam pelas pessoas, porque não
dividem a sua vida com elas, colocando-se antes acima delas. Esse perigo não
existia só naquele tempo, para os fariseus, ele existe também para qualquer exegeta
e teólogo, para qualquer agente pastoral. Jesus nos admoesta a verificar se em
nossa pregação estamos realmente atentos às preocupações e necessidades das
pessoas, ou se nos satisfazemos com uma teologia abstrata e com regras morais
exageradas que não fazem jus ao ser humano. Jesus quer uma teologia
misericordiosa que não despreze o ser humano, uma moral misericordiosa que não
escravize nem provoque uma consciência pesada” (Anselm Grün
– Jesus, Mestre da Salvação – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite