(Gn 6,5-8; 7,1-5.10; Sl 28[29]; Mc 8,14-21)
6ª Semana do Tempo Comum.
“Então Jesus os
advertiu: ‘Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus
e com o fermento de
Herodes’” Mc 8,15.
“A contaminação dos
discípulos através do fermento dos fariseus e de Herodes consistia numa espécie
de materialismo que se apossava deles. Quando os discípulos deixaram tudo para
seguir Jesus, optaram por colocar-se nas mãos da Providência. Não lhes tinha sido
prometido recompensa de espécie alguma, nem o Mestre lhes havia garantido uma
vida cômoda e tranquila. O discipulado basear-se-ia na total confiança em Deus
e na recusa de construir a própria segurança com a posse dos bens materiais.
Por conseguinte, a pobreza seria um traço característico do projeto de vida dos
discípulos. O sinal de que algo estranho estava acontecendo com eles ficou
patente quando, em plena travessia do lago, deram-se conta de não terem trazido
pão suficiente para todos. E começaram a falar sobre isto, lamentando-se e se
autocensurado, pois, ao desembarcarem, não teriam chance de comprar pão
necessário para alimentar-se. Jesus os censurou, chamando-lhes a atenção para o
tema da solidariedade e da partilha. Assim como multidões foram alimentadas,
por causa da solidariedade de alguém que partilhou seus poucos pães e peixes, o
mesmo iria acontecer com eles. O discípulo deve ser o primeiro a acreditar no
milagre da partilha. É esta a maneira como o Pai costuma agir em favor deles. – Pai,
reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos
em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite