Terça, 14 de fevereiro de 2023

(Gn 6,5-8; 7,1-5.10; Sl 28[29]; Mc 8,14-21) 

6ª Semana do Tempo Comum.

“Então Jesus os advertiu: ‘Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus

e com o fermento de Herodes’” Mc 8,15.

“A contaminação dos discípulos através do fermento dos fariseus e de Herodes consistia numa espécie de materialismo que se apossava deles. Quando os discípulos deixaram tudo para seguir Jesus, optaram por colocar-se nas mãos da Providência. Não lhes tinha sido prometido recompensa de espécie alguma, nem o Mestre lhes havia garantido uma vida cômoda e tranquila. O discipulado basear-se-ia na total confiança em Deus e na recusa de construir a própria segurança com a posse dos bens materiais. Por conseguinte, a pobreza seria um traço característico do projeto de vida dos discípulos. O sinal de que algo estranho estava acontecendo com eles ficou patente quando, em plena travessia do lago, deram-se conta de não terem trazido pão suficiente para todos. E começaram a falar sobre isto, lamentando-se e se autocensurado, pois, ao desembarcarem, não teriam chance de comprar pão necessário para alimentar-se. Jesus os censurou, chamando-lhes a atenção para o tema da solidariedade e da partilha. Assim como multidões foram alimentadas, por causa da solidariedade de alguém que partilhou seus poucos pães e peixes, o mesmo iria acontecer com eles. O discípulo deve ser o primeiro a acreditar no milagre da partilha. É esta a maneira como o Pai costuma agir em favor deles. – Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas). 

Pe. João Bosco Vieira Leite