Sábado, 4 de fevereiro de 2023

(Hb 13,15-17.20-21; Sl 22[23]; Mc 6,30-34) 

4ª Semana do Tempo Comum.

“Ele lhes disse: ‘Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco’. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que nem tinham tempo para comer” Mc 6,31.

“Talvez em algumas circunstâncias, como a que está passando o mundo de hoje, seja necessário parar uns momentos para refletir. A agitação de uma vida desenfreada, a angústia de uma situação mundial que é impossível ignorar e da qual é impossível escapar; a opressão de tantos problemas que surgem a cada dia ao nosso redor; a vertiginosa rapidez com que sucedem as notícias de uma ou de outra parte do mundo; as situações de tensão que se criam aqui e ali nas diferentes nações e mesmo dentro de uma mesma nação; a corrida desenfreada de assuntos, problemas, notícias, novidades, mudanças; a angústia criada pelos diversos acontecimentos transmitidos pelos meios de comunicação social; o atrevimento das rádios e das televisões que invadem os recintos mais sagrados da vida privada e familiar; as intrigas e os interesses que condicionam a atividade humana. Tudo isso e outras coisas semelhantes estão nos arrastando para a sua voragem e não nos permitem deter-nos para pensar serenamente em nós mesmos. Você deve construir a paz em seu interior, para que a possa transmitir ao seu redor. Retire-se para sua solidão interior, pois ali você escutará a voz de Deus. Ele sempre está presente no seu íntimo e você pode encontra-lo em tudo: nos albores da aurora e na beleza do pôr do sol, quando tudo dorme no silêncio da noite e quando tudo se agita com o ritmo do dia; no silêncio carregado de respeito que você respira no templo e na solidão isolada de seu dormitório; no mais íntimo de sua alma, que canta ou que chora, e nas demais criaturas que clamam por seu Criador. Na solidão, você encontra Deus se o perdeu, e se apraz com ele se já o está vivendo” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite