(Hb 13,15-17.20-21; Sl 22[23]; Mc 6,30-34)
4ª Semana do Tempo Comum.
“Ele lhes disse:
‘Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco’. Havia, de fato,
tanta gente chegando e saindo, que nem tinham tempo para comer” Mc 6,31.
“Talvez em algumas
circunstâncias, como a que está passando o mundo de hoje, seja necessário parar
uns momentos para refletir. A agitação de uma vida desenfreada, a angústia de
uma situação mundial que é impossível ignorar e da qual é impossível escapar; a
opressão de tantos problemas que surgem a cada dia ao nosso redor; a
vertiginosa rapidez com que sucedem as notícias de uma ou de outra parte do
mundo; as situações de tensão que se criam aqui e ali nas diferentes nações e
mesmo dentro de uma mesma nação; a corrida desenfreada de assuntos, problemas,
notícias, novidades, mudanças; a angústia criada pelos diversos acontecimentos
transmitidos pelos meios de comunicação social; o atrevimento das rádios e das
televisões que invadem os recintos mais sagrados da vida privada e familiar; as
intrigas e os interesses que condicionam a atividade humana. Tudo isso e outras
coisas semelhantes estão nos arrastando para a sua voragem e não nos permitem
deter-nos para pensar serenamente em nós mesmos. Você deve construir a paz em
seu interior, para que a possa transmitir ao seu redor. Retire-se para sua
solidão interior, pois ali você escutará a voz de Deus. Ele sempre está
presente no seu íntimo e você pode encontra-lo em tudo: nos albores da aurora e
na beleza do pôr do sol, quando tudo dorme no silêncio da noite e quando tudo
se agita com o ritmo do dia; no silêncio carregado de respeito que você respira
no templo e na solidão isolada de seu dormitório; no mais íntimo de sua alma,
que canta ou que chora, e nas demais criaturas que clamam por seu Criador. Na
solidão, você encontra Deus se o perdeu, e se apraz com ele se já o está
vivendo” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do
ano – Ave-Maria).