(Gn 2,4-9.15-17; Sl 103[104]; Mc 7,14-23)
5ª Semana do Tempo Comum.
“O que torna impuro o
homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior” Mc 7,15.
“Num encontro
reservado com seus discípulos, Jesus ensinou-nos a distinguir, de maneira
conveniente, a pureza da impureza. Os critérios usados pelos mestres da Lei e
pelos fariseus eram inadequados para quem se fizera discípulo do Reino. Era
preciso guiar-se por um parâmetro diferente: a impureza não provém do exterior,
e sim de dentro do coração humano. Por conseguinte, o processo de purificação
deveria começar do interior. É inútil preocupar-se com lavar as mãos, antes das
refeições, ou fazer coisas do gênero, se a pessoa tem o coração carregado de
malícias. O raciocínio de Jesus é elementar. O interior do ser humano é
inacessível às realidades materiais. Por exemplo, é bem conhecida a trajetória
dos alimentos: eles são consumidos e digeridos; aquilo que não presta é
eliminado do corpo. Trata-se de um processo natural. Por que dar-lhes uma
relevância que não possui? A atenção deve concentrar-se no interior, donde
provêm as maldades que tornam a pessoa indigna de estar na presença de Deus.
Podem ser os fornicadores, os ladrões, os assassinos, os adúlteros, os
cobiçosos, os malvados, os fraudulentos, os despudorados, os invejosos, os
maledicentes, os soberbos e os impiedosos apresentar-se diante de Deus, sem
antes passarem por um processo radical de purificação? Bastaria que lavassem as
mãos ou tomassem apenas um banho? Deus não exige deles algo muito mais
profundo? – Pai, cria, no meu coração, a pureza verdadeira que me
permite estar na tua presença, seguro de que minha vida te agrada” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite