Segunda, 13 de fevereiro de 2023

(Gn 4,1-15.25; Sl 49[50]; Mc 8,11-13) 

6ª Semana do Tempo Comum.

“E o Senhor lhe disse: ‘Não! Mas aquele que matar Caim será punido sete vezes!’

O Senhor pôs, então, um sinal em Caim, para que ninguém, ao encontra-lo, o matasse” Mc 8,15.

“Perante esta história ‘não verdadeira’, mas que ‘diz a verdade’ acerca da complexidade e tragicidade das relações entre irmãos, mesmo no interior da própria família, podemos ficar perplexos por aquilo que o texto não conta nem específica (por que é que Deus escolhe Abel e a sua oferenda? Donde vem o mal?). Porventura é uma maneira para fazer compreender que também nas relações entre irmãos de sangue, nem tudo é assim tão claro como poderíamos pensar. O mais importante é tomarmos consciência de que o mal existe, está presente na vida de todos e está sempre pronto a assaltar-nos (‘o pecado está à tua porta; o seu instinto dirige-se para ti’). Além disso, Deus confia a cada um a responsabilidade de ser guarda do irmão (‘tu poderás dominar o mal’). Saber que Deus perdoa o que não tem perdão (o homicídio/fratricídio) induz à esperança de que o amor ao irmão, diferente por cultura e experiência religiosa, pode encontrar espaço nas relações humanas” (Giuseppe Casarin l– Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 1] – Paulus).          

Pe. João Bosco Vieira Leite