Sábado, 18 de fevereiro de 2023

(Hb 11,1-7; Sl 144[145]; Mc 9,2-13) 

6ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha.

E transfigurou-se” Mc 9,2.

“O prenúncio da paixão, feito por Jesus, deixou confuso o coração dos discípulos. Não conseguiam ligar a perspectiva de sofrimento e morte ao ideal de Messias exaltado que aguardavam. Sem dúvida, uma ponta de suspeita deve ter tomado conta deles: ‘será que Jesus é mesmo o Messias esperado?’ A transfiguração mostra a outra face da moeda: o aspecto glorioso de Jesus. Portanto, apresenta-se aos discípulos o desafio de combinar na pessoa do Mestre as duas dimensões. Sua existência era feita de sofrimento e glória, paixão e exaltação. Não dava para fixar-se num só aspecto. A glória de Jesus manifestava-se por meio de diversos elementos da cena da transfiguração: a luminosidade resplandecente, as vestes incomparavelmente brancas, a nuvem que envolveu a todos, a presença de Moisés e Elias. Sobretudo, a voz celeste não deixava dúvidas sobre a identidade de Jesus: ele era o Filho amado de Deus, seu maior título de glória. Apesar de ser filho glorioso de Deus Pai, Jesus não estaria isento de passar pela provação da cruz. A dificuldade de fazer os discípulos entenderem esta realidade em nada alterou o projeto do Mestre. Só depois da Ressurreição é que conseguiriam compreender o fato de brilhar a glória na vida de um Crucificado por fidelidade a Deus. – Pai, faze-me contemplar o brilho de tua glória em cada discípulo de teu Filho que se entrega ao serviço do Reino, com total generosidade, mesmo devendo enfrentar a morte (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas). 

Pe. João Bosco Vieira Leite