(Rm 11,1-2.11-12.25-29; Sl 93[94]; Lc 14,1.7-11)
30ª Semana do Tempo Comum.
“Deus não rejeitou o
seu povo, que ele desde sempre considerou” Rm 11,2.
“A Carta aos Romanos,
neste cap. 11, começa com a pergunta do apóstolo: ‘Teria Deus rechaçado seu
povo?’ Ao que ele mesmo se apressa em responder, dizendo que não e colocando-se,
ele próprio, como exemplo desta realidade imutável. Deus não rechaça e não se
afasta de seu povo, mesmo que ele, deliberadamente, se afaste de seu Deus. O
mais importante é que este afastamento do povo judeu servirá para atrair outros
povos em cuja árvore serão enxertados, para a salvação de todos. Se deixaram de
acolher a Boa notícia, afastando-se de Deus, os pagãos serão acolhidos e
beneficiados. Mas o princípio primeiro está firmado: os dons de Deus e a
eleição do povo de Israel são irrevogáveis! Deus não volta atrás em sua palavra
de amor e de escolha, como bem diz o salmista: ‘Lembra-te, Senhor, de tua
compaixão e de tua lealdade, pois elas duram para sempre’ (Sl 25,6). Deus
permanece fiel, apesar de toda a negação da parte do povo escolhido. Não há
volta no caminho de amor uma vez traçado. Não há retorno em sua palavra de
vida! A constância e a fidelidade de Deus ao seu plano de amor e salvação
motiva ao apóstolo a exortar aos romanos para que não se envaideçam do
privilégio de terem sido escolhidos, antes saibam que todo o povo de Israel é
parte da herança de Deus. Paulo descortina, assim, o caminho a ser feito pelo
Evangelho, que será anunciado a todas as nações. A Boa notícia não conhece
fronteiras, nem raça: é boa notícia para todos e todas! Desta maneira, os
gentios, ao acolherem a Boa-nova, despertam o povo de Israel para que também
possa acolher a ação salvadora de Deus. – Deus de bondade e
misericórdia, desperta-nos para acolhermos a vossa ação salvadora, com alegria
e gratidão, mesmo sabendo que somos infiéis ao seu chamado de amor!” (Magda
Brasileiro – Meditações para o dia a dia [2017] –
Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite