(Rm 6,19-23; Sl 01; Lc 12,49-53)
29ª Semana do Tempo Comum.
“Com efeito, a paga
do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna em Jesus Cristo, nosso
Senhor” Rm 6,23.
“Quem adora e venera
os ídolos de madeira, de pedra, de gesso, recebe a recompensa deles. Quem serve
à bebida, aos vícios, à droga terá a recompensa provinda dessas coisas e nada
mais. Quem servir a Deus, dedicando-se conscientemente, com fé e ardor
missionário aos pobres, aos excluídos e famintos, aos velhos e encarcerados,
receberá uma recompensa sem cálculos, transbordante e eterna. Dedicar-se com
alma e coração à causa do Evangelho, nas lutas populares, nos movimentos
transformadores e geradores de justiça e solidariedade é caminhar nas trilhas
de Deus. Quem vive gananciosamente consagrado à riqueza, construindo monumentos
para que seu nome seja cantado e citado nas praças e em dias de festa nacional,
e nada constrói para a justiça, para a ética pessoal e social, constrói sua
casa sobre a movediça areia dos sonhos e dos devaneios. Não estamos nessa
caminhada para fazer uma negociata com Deus. A salvação não é negócio. Trata-se
de mais lídima e autêntica gratuidade de Deus. Deus é só amor. Gratuidade
total. Oxalá cresça em nós o sentido verdadeiro da vida cristã. Ser seguidor de
Jesus é doar, gratuitamente, a vida, os dias, as etapas da nossa existência ao
Senhor, aos empobrecidos. Gastar a vida em favor do Reino e dar sentido básico
à vida. – Senhor, que eu não faça negócio de minha vida. Ensina-me a
alegria da gratuidade. Que eu saiba fazer da vida um dom à comunidade. Que eu
não viva senão para doar a vida. Amém” (Luiz Demétrio Valentini e
Zeldite Burin – Graças a Deus [1995] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite