(Rm 8,26-30; Sl 12[13]; Lc 13,22-30)
30ª Semana do Tempo Comum.
“Alguém lhe
perguntou: ‘Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?’” Lc 13,23.
“As exigências do
reino apresentadas por Jesus levaram os discípulos a se perguntarem pelo número
dos quais seriam salvos. Imaginavam serem poucas as pessoas predispostas e
fiéis ao projeto apregoado pelo Mestre. A dinâmica do Reino, como Jesus
entendia, rompia com os esquemas mundanos e só podia ser vivida por quem, de
fato, se predispunha a enfrentar a cruz, como caminho necessário para a glória.
A questão levantada pelos discípulos pareceu ser irrelevante para Jesus. Era
inútil saber se os salvos seriam poucos ou muitos. Importava, sim, empenhar-se
continuamente para, com a graça de Deus, entrar no Reino, através da porta
estreita. Portanto, era tempo de refletir e tomar uma decisão sábia, para
evitar o risco de ser deixado do lado de fora. A exclusão do Reino poderá ser
uma experiência trágica. O choro e ranger de dentes expressam o desespero de
quem desperdiçou a chance que lhe fora oferecida. A segurança fundada em
elementos inconsistentes frustrar-se-á quando o cristão comparecer diante do
Senhor. Ter comido e bebido na presença de Jesus e tê-lo visto ensinar nas
praças não será suficiente para garantir a salvação. Jesus só reconhecerá como
discípulo e salvará quem, como ele, tiver sido capaz de colocar-se a serviço do
próximo, sem medo de perder tudo por causa do Reino. – Senhor Jesus,
que eu me esforce sempre para entrar no Reino pela porta estreita do serviço ao
próximo e da disposição de perder tudo por causa de ti” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).