Terça, 15 de dezembro de 2020

(Sf 3,1-2.9-13; Sl 33[34]; Mt 21,28-32) 

3ª Semana do Advento.

“Então Jesus lhes disse: ‘Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem

no Reino de Deus’” Mt 21,31c.

“Para o povo, tanto João Batista como Jesus eram considerados profetas. As autoridades religiosas, porém, que antes haviam rejeitado a pregação de João, agora rejeitavam também a de Jesus. Por isso, após a entrada triunfal em Jerusalém, Jesus procura explicar a seus adversários que por causa desta rejeição são excluídos do Reino de Deus. Para tanto, conta-lhes a parábola dos Dois Filhos. O primeiro, inicialmente, nega-se a fazer o que o pai lhe pedia, mas depois se arrepende e atende ao pedido. O segundo logo diz ‘sim, eu vou’, mas na realidade, não faz o que o pai lhe pedia. A resposta sobre quem fez a vontade do pai era mais do que evidente, pois os fariseus sabiam que só a obediência efetiva agradava a Deus. Jesus mesmo aplica a parábola à atitude dos fariseus diante da pregação de João Batista e da sua própria mensagem. Compara a atitude dos fariseus com a dos cobradores de impostos e prostitutas. Estes últimos, como o primeiro filho que disse não, também rejeitaram a vontade de Deus, expressa na Lei. Mas, depois, acolheram a pregação de João e receberam o batismo de conversão, e agora, os pecadores, que a princípio não cumprem a Lei, são os que se voltam para Jesus e sua pregação do Reino de Deus. Ao passo que os fariseus, que sempre disseram ‘sim’ a Deus ao observarem a Lei, não acolheram os apelos de conversão de João e rejeitam a mensagem do Reino de Deus e de seu Enviado. Por isso, diz Jesus, os cobradores de impostos e as prostitutas entram no Reino de Deus no lugar que seria antes dos fariseus. A parábola deixa claro que a fé e o arrependimento são condições indispensáveis para que se abram as portas do Reino. – Jesus, amigo dos pecadores, publicanos e prostitutas, Tu conheces nossa condição de pecadores. Sabes da incoerência entre o que professamos com nossa boca e o que praticamos. Perdoa o nosso pecado e dá-nos de vivermos de acordo com as exigências do teu Reino. Amém (Ludovico Garmus – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).

  Pe. João Bosco Vieira Leite