Segunda, 14 de dezembro de 2020

(Nm 24,2-7.15-17; Sl 24[25]; Mt 21,23-27) 

3ª Semana do Advento.

“Jesus voltou ao Templo. Enquanto ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram: ‘Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu tal autoridade?’” Mt 21,23.

“Jesus acabava de permitir-se certos atos incomuns no templo: o jubiloso cotejo messiânico com sua entrada triunfal em Jerusalém, a expulsão do templo dos vendilhões, várias curas milagrosas. Tudo isto inquietou os discípulos e, mais ainda, os inimigos, que se encheram de coragem e lhe perguntaram: ‘Com que autoridade fazes isto?’ Essas pessoas pedem contas ao Senhor daquilo que faz, mas não movidas por sincero desejo de saber de onde procedia o poder de Jesus, mas de fato para simplesmente saberem como é que o realizava, coisas que elas não podiam fazer. E por isso Jesus não lhes responde, porque não via sinceridade de coração, com desejos de aprender a verdade; antes, ao invés, procuravam a oportunidade de condenar Jesus por suas próprias palavras. Viam, por um lado, que falava no templo e todas as pessoas e que o fazia ‘como quem tem autoridade’ e, por outro lado, viam que o povo reconhecia em Jesus a autoridade com a qual falava, confirmada por suas obras maravilhosas. Os inimigos de Jesus colocá-lo em uma armadilha, da qual não poderá escapar: se Jesus responde que a autoridade lhe é dada por ser o Filho de Deus, então eles rasgariam as roupas e o proclamariam blasfemo. Jesus não responde agora diretamente a essa pergunta, porque já anteriormente e com clareza suficiente tinha respondido com os seus feitos prodigiosos, que confirmavam sua divina autoridade. Não tinha repetido com clareza que era Filho de Deus e que tudo quanto dizia e fazia realizava-o em nome do Pai celestial? A malícia dos fariseus torna-se evidente, e o Senhor os desmascara ao coloca-los numa situação de constrangimento que revelaria suas péssimas intenções. Quando você fala com os que não são de Jesus Cristo, porque não creem nele nem o aceitam, nem o amam, não se deixe enredar por suas mentiras e más intenções. Afirme simplesmente a verdade, sua convicção na fé em Jesus Cristo, e não se oponha a responder às suas perguntas capiciosas e cheias de intenções distorcidas” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave- Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite