Quarta, 09 de dezembro de 2020

(Is 40,25-31; Sl 102[103]; Mt 11,28-30) 

2ª Semana do Advento.

“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” Mt 11,28.

“Jesus foi extremamente crítico de certos mestres de sua época pela maneira como tratavam os discípulos. Tendiam a ser rigorosos, moralistas e intransigentes, com um legalismo insuportável. Os discípulos acabavam por ser sufocados por tanta exigência, ficando sem espaço para iniciativas pessoais. Tudo estava previsto, determinado e regrado. Reclamar ou rebelar-se eram possibilidades remotas. Seriam expulsos da escola sem nenhuma chance de apelação. A prática de Jesus seguiu uma direção diferente. A relação com os discípulos baseava-se no amor e no respeito. Nada de tirania ou de atropelamento da liberdade. Não lhe importava submetê-los a regras estritas e, sim, criar neles atitudes compatíveis com quem se sabe amado por Deus. Os discípulos eram motivados a ser solidários entre si e com os mais necessitados, a exemplo do Mestre. O jugo apresentado por Jesus era suave e o peso, leve, por serem caminho de crescimento para os discípulos, por ajuda-los a se tronarem mais humanos e sensíveis. Formar personalidades rígidas, fechadas para a bondade, corresponde a impor-lhes um jugo pesado e um fardo difícil de ser carregado. Jamais poderá ser feliz e estar de bem com a vida quem se vê em semelhante situação. Isto Jesus não queria para seus seguidores! Os discípulos de Jesus devem estar atentos para não ser oprimidos. Nas comunidades cristãs, é grande a tentação de implantar o moralismo e a intransigência, condenados por Jesus. Urge não permitir a ninguém ocupar o lugar do Mestre Jesus. – Pai, ajuda-me a tomar cada dia o suave jugo do Filho Jesus, pois nele encontro o caminho da realização pessoal e da humanização” (Jaldemir Vitório – Dia a dia nos passos de Jesus [Ano A] – Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite