Quarta, 6 de fevereiro de 2019


(Hb 12,4-7.11-15; Sl 102[103]; Mc 6,1-6) 
4ª Semana do Tempo Comum.

Jesus “Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles” Mc 6,5b-6a.

“Qual foi a última vez que você ficou admirado? Confesso que fiquei impressionado com o cinema com imagens em 3D. Mas apesar de toda tecnologia, nada se compara às imagens da natureza. No Japão existe um monte muito visitado, chamado Fuji. Eu não o conheço, mas dizem que se trata de um monte realmente muito alto, com o pico constantemente coberto de neve. Conta-se que um grupo de turistas esteve no Japão para visualizar o famoso Monte Fuji; contudo, ao chegarem lá, tiveram uma imensa decepção: o enorme monte estava completamente coberto por nuvens, e por uma serração ou neblina, e assim ele permaneceu por algumas semanas. Até que um dia, de forma inesperada, lá estava o bonito pico coberto de neve a desafiar o grandioso céu azul. Algo admirável. É bonito e importante admirar as coisas que Deus fez! Mas e Deus? Será que Ele admira as coisas? O texto bíblico, indicado para hoje, nos diz que Jesus ficou admirado com a incredulidade do povo de Nazaré. Imagine você diante de Deus. Como Ele o veria? Ele iria se admirar de alguma coisa? Ele iria se admirar da sua fé e da beleza do Monte Fuji? Ou será que Deus apenas iria ver uma série de erros egoístas, que agem como imensas camadas de neblina que encobrem a beleza. Como ele vê você? Sabemos que Deus nos vê em todas as dimensões de nossas vidas. Sabemos que todos somos pecadores e que nossos defeitos não passam despercebidos diante dos olhos de Deus. Porém, quando estamos em Jesus, somos revestidos pelos seus méritos. O sangue de Cristo nos limpa de todo pecado e, apesar de tão imperfeitos, nos tornamos, por causa de Cristo, admiráveis aos olhos do Pai. – Querido Deus, perdoa a nossa incredulidade. Perdoa nossos pecados. Santifica-nos em Jesus, a fim de vivermos uma vida que te agrada e que reflete o teu admirável amor. Amém (Ismar Lambrecht Pinz – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite