Quarta, 27 de fevereiro de 2019


(Eclo 4,12-22; Sl 118[119]; Mc 9,38-40) 
7ª Semana do Tempo Comum.

“João disse a Jesus: ‘Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue” Mc 9,38.

“A tentação do sectarismo e do fundamentalismo é deveras atual no hodierno contexto eclesial. Enquanto cada vez mais frequentemente, entramos em contato com pessoas de outras raças e religiões, reaviva-se em nós o desejo de nos reconhecermos numa identidade bem definida. Mas esse legítimo desejo impede uma liberdade real capaz de deixar espaço a âmbitos de diálogos e de acolhimento, então entra em colisão com a mensagem evangélica. O Evangelho pede, antes do mais, capacidade e disponibilidade, antes de qualquer distinção e catalogação. Encurtar ou atenuar o evangelho, por uma falsa tolerância, não é um bom serviço prestado à fé cristã. Mas também não o é a presunção de ter a exclusividade na afirmação dos valores que salvaguardam o bem do homem ou na batalha contra todo o tipo de encarnação do mal. Não é evangélico ser-se perturbado pelo bem que deriva de quem não partilha a nossa fé, nem o é deixar de fazer tudo o que é possível em colaboração, sem reservas interiores, com quem que prefere a luz às trevas” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).  

Pe. João Bosco Vieira Leite