(Eclo 4,12-22; Sl 118[119]; Mc 9,38-40)
7ª Semana do Tempo
Comum.
“João disse a Jesus:
‘Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos,
porque ele não nos segue” Mc 9,38.
“A tentação do
sectarismo e do fundamentalismo é deveras atual no hodierno contexto eclesial.
Enquanto cada vez mais frequentemente, entramos em contato com pessoas de
outras raças e religiões, reaviva-se em nós o desejo de nos reconhecermos numa
identidade bem definida. Mas esse legítimo desejo impede uma liberdade real
capaz de deixar espaço a âmbitos de diálogos e de acolhimento, então entra em
colisão com a mensagem evangélica. O Evangelho pede, antes do mais, capacidade
e disponibilidade, antes de qualquer distinção e catalogação. Encurtar ou
atenuar o evangelho, por uma falsa tolerância, não é um bom serviço prestado à
fé cristã. Mas também não o é a presunção de ter a exclusividade na afirmação
dos valores que salvaguardam o bem do homem ou na batalha contra todo o tipo de
encarnação do mal. Não é evangélico ser-se perturbado pelo bem que deriva de
quem não partilha a nossa fé, nem o é deixar de fazer tudo o que é possível em
colaboração, sem reservas interiores, com quem que prefere a luz às trevas” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite