(At 14,19-28; Sl 144[145]; Jo 14,27-31)
5ª Semana da Páscoa.
Paulo sofre pessoalmente em seu
compromisso de fé e com ele a comunidade. Mas o Reino segue seu percurso, tendo
agora Antioquia como outro centro de difusão da fé. No discurso de despedida
Jesus pede que eles façam a experiência da paz que só Ele pode proporcionar,
pois nos garante a alegria e a certeza de uma vida plena em Deus, no tempo
devido de nossa existência. “’Deixo-vos a minha paz, dou-vos a minha
paz. Não vo-la dou como a dá o mundo’ (Jo 14,27): a afirmação de Jesus é
solene. Ele, de fato, não só augura a paz, mas a dá. João fala de paz somente
no contexto da Paixão e da ressurreição: duas vezes no ‘discurso de adeus’ (cf.
Jo 14,27 e 16,33) e duas vezes nas aparições de Jesus ressuscitado aos
discípulos (cf. Jo 20,19-21). Notemos: as últimas palavras pronunciadas por
Jesus antes da Paixão e as primeiras depois da Ressurreição são as mesmas! A
paz dada por Jesus está ligada à sua presença, não está na ausência da Cruz,
mas sim na certeza da sua vitória. Uma certeza por Ele anunciada e entregue
gratuitamente aos discípulos: “Eu venci o mundo” (Jo 16,33). Nisto se baseia a
esperança dos crentes no seu trabalho, dia-a-dia, em prol da paz” (Giuseppe
Casarin - Lecionário Comentado - Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite