(At 16,1-10; Sl 99[100]; Jo 15,18-21)
5ª Semana da Páscoa.
Guiado pelo Espírito de Deus, Paulo
segue seu itinerário apostólico divulgando o novo parecer que permitia acolher
os pagãos sem obriga-los a circuncisão. Paulo tem como companheiro de viagem o
jovem Timóteo a quem dedicará duas belíssimas cartas. Jesus revela a identidade
do verdadeiro discípulo: a rejeição e a consequente perseguição, como fizeram a
Ele, a ponto de o considerarem um louco na sua proposta. Sim, Jesus e seus
discípulos talvez vivam no ‘mundo da lua’, verdadeiramente não são deste mundo. “É
verdade que amiúde os cristãos podem experimentar o contraste com o mundo (Evangelho).
O mundo indica em João quantos rejeitam voluntariamente a proposta de Jesus.
Nas palavras do Mestre estão presentes também as interrogações e as
perplexidades dos cristãos das primeiras gerações; se na verdade a Palavra de
Cristo é uma Boa Notícia, como é que o mundo rejeita? Se a força da
ressurreição está já operante na História, como é que nada parece mudar? Os
acontecimentos de Jesus iluminam e colocam na sua justa perspectiva as
perguntas dos discípulos: a perseguição faz parte da história da Salvação. Mais
precisamente: é a Via-Sacra que continua. Com dois aspectos: a perseguição não
significa ausência de Deus, mas o seu modo de estar presente ao contrário das
expectativas humanas; além disso a caminhada do discípulo é acompanhada pela
certeza de que a última palavra é a de Deus: ‘Se guardaram a minha palavra,
também guardarão a vossa’ (cf. Jo 15,20)” (Giuseppe Casarin - Lecionário
Comentado - Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite