Sábado, 20 de maio de 2017

(At 16,1-10; Sl 99[100]; Jo 15,18-21) 
5ª Semana da Páscoa.

Guiado pelo Espírito de Deus, Paulo segue seu itinerário apostólico divulgando o novo parecer que permitia acolher os pagãos sem obriga-los a circuncisão. Paulo tem como companheiro de viagem o jovem Timóteo a quem dedicará duas belíssimas cartas. Jesus revela a identidade do verdadeiro discípulo: a rejeição e a consequente perseguição, como fizeram a Ele, a ponto de o considerarem um louco na sua proposta. Sim, Jesus e seus discípulos talvez vivam no ‘mundo da lua’, verdadeiramente não são deste mundo. “É verdade que amiúde os cristãos podem experimentar o contraste com o mundo (Evangelho). O mundo indica em João quantos rejeitam voluntariamente a proposta de Jesus. Nas palavras do Mestre estão presentes também as interrogações e as perplexidades dos cristãos das primeiras gerações; se na verdade a Palavra de Cristo é uma Boa Notícia, como é que o mundo rejeita? Se a força da ressurreição está já operante na História, como é que nada parece mudar? Os acontecimentos de Jesus iluminam e colocam na sua justa perspectiva as perguntas dos discípulos: a perseguição faz parte da história da Salvação. Mais precisamente: é a Via-Sacra que continua. Com dois aspectos: a perseguição não significa ausência de Deus, mas o seu modo de estar presente ao contrário das expectativas humanas; além disso a caminhada do discípulo é acompanhada pela certeza de que a última palavra é a de Deus: ‘Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa’ (cf. Jo 15,20)” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado - Paulus).


 Pe. João Bosco Vieira Leite