(Gn 1,26—2,3; Sl 89[90]; Mt 13,54-58)
São José Operário na 3ª Semana da
Páscoa.
No ano anterior já fizemos um
comentário sobre os textos do tempo pascal, podemos assim nos voltar um pouco
sobre a memória facultativa (não obrigatória para as comunidades que não tem
São José como padroeiro) de São José Operário. O Deus trabalhador de Jesus
aparece no começo da Bíblia na confecção do ser humano, tornando-o
coparticipante da obra criadora e descansou no sétimo dia, sinalizando ao ser
humano a necessidade de um tempo para si mesmo e para a contemplação da vida e
do Criador, pois mesmo com toda pressa com que vivemos, somos criaturas e
nossas preocupações não são capazes de aumentar os dias de nossa breve
existência. O evangelho identifica Jesus como o filho do carpinteiro, o que
gera preconceito por parte de seus conterrâneos; Jesus lhes repete um antigo
ditado, mas sabe do limitado modo que o veem. Nesse dia lembramos a dignidade
de cada homem e cada mulher na função que desempenha, que constrói o mundo e a
sociedade. Jesus não teve vergonha de ser um simples carpinteiro. No seu modo
humilde de ser nos indica que tudo tem sua importância nessa vida, mesmo com
toda essa distinção que fazemos de cargos e salários. Afinal de contas o fim
que nos espera não é o mesmo? Não teremos como prêmio desta vida a mesma coisa?
Ou será que nos iludimos com os próprios títulos que carregamos? Não nos
incomoda a injustiça reinante ainda mais quando descobrimos que somos lesados
em nosso direito por aqueles que elegemos? São José Operário, rogai por nós!
Pe. João Bosco Vieira Leite