(At 18,9-18; Sl 46[47]; Jo 16,20-23)
6ª Semana da Páscoa.
Deus começa a preparar o coração de
Paulo para o que virá. O cerco vai se fechando em torno de sua pessoa por causa
da pregação do Evangelho, até que as autoridades judaicas consigam que Roma
faça ‘justiça’ por eles. Enquanto isso ele segue seu caminho, retardando o
máximo possível a hora de sua morte como veremos. “E o missionário
segue em frente porque sabe que há um povo que o espera, um povo numeroso e
preparado. Com um esclarecimento significativo: ele não cria o povo nem sua
expectativa, porque o povo já existe e está pronto. É somente porta-voz do
anúncio que ilumina e que acolhe, dá a conhecer o dom de Deus a homens que O
procuram. O primado do anúncio da Palavra requer fiéis que se coloquem ao
serviço de um Deus que os precede e ao serviço das expectativas dos homens que
o Senhor já chamou. É significativo, finalmente, o fato de Paulo nunca falar em
sua defesa, embora várias acusações sejam formuladas contra ele: basta-lhe a
certeza da Palavra que não desilude” (Giuseppe Casarin - Lecionário
Comentado - Paulus). É de particular simpatia essa comparação que
Jesus faz entre as dores do parto de uma mulher e o processo de sua paixão que
culminará na ressurreição, símbolo também da superação, do renascimento e da
vitória.
Pe. João Bosco Vieira
Leite