Terça, 02 de maio de 2017

(At 7,51—8,1; Sl 30[31]; Jo 6,30-35) 
3ª Semana da Páscoa.

 O Estevão que se destaca no grupo dos diáconos, encarregados da mesa, dos órfãos e das viúvas, aparece na nossa primeira leitura, tomado de uma santa impaciência diante da resistência dos anciãos e doutores da lei; o texto indica como que uma experiência mística que o prepara para o que virá, entregando a vida e imitando Jesus que pede perdão para os seus algozes. A sombra de Paulo se impõe nesse cenário. “... na fidelidade a Cristo, Estevão abriu-se ao Espírito e foi fiel à Palavra da Vida: reconheceu o Senhor Jesus até O seguir na Paixão e na glória. Não se trata de uma doutrina, mas de uma Pessoa, Aquele que pede para entrar na nossa vida para a alimentar” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus). No evangelho retomamos o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida tentando esclarecer o significado da multiplicação dos pães realizada anteriormente se auto definindo como pão da vida: “No discurso de Cafarnaum estamos ainda longe deste cume, no entanto já a palavra de Jesus se torna dura, cortante e irredutível, mas não reduzida ao nível de acomodações e de compromissos parciais: Ele é o pão da vida, quem vem a Ele nunca mais terá fome, quem crê n’Ele nunca mais terá sede (cf. Jo 6,33). A expectativa mais profunda do homem, em Cristo, realizou-se: o novo nascimento anunciado a Nicodemos (cf. Jo 3,3.5-8) , a água prometida à Samaritana (cf. 4,10), a vida proclamada junto à piscina de Betesda (cf. 5,21-27) encontram agora abertamente um nome e um rosto no ‘Eu sou’ de Jesus, pão da vida” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).  
  

Pe. João Bosco Vieira Leite