(At 7,51—8,1; Sl 30[31]; Jo 6,30-35)
3ª Semana da Páscoa.
O Estevão que se destaca no grupo
dos diáconos, encarregados da mesa, dos órfãos e das viúvas, aparece na nossa
primeira leitura, tomado de uma santa impaciência diante da resistência dos
anciãos e doutores da lei; o texto indica como que uma experiência mística que
o prepara para o que virá, entregando a vida e imitando Jesus que pede perdão
para os seus algozes. A sombra de Paulo se impõe nesse cenário. “... na
fidelidade a Cristo, Estevão abriu-se ao Espírito e foi fiel à Palavra da Vida:
reconheceu o Senhor Jesus até O seguir na Paixão e na glória. Não se trata de
uma doutrina, mas de uma Pessoa, Aquele que pede para entrar na nossa vida para
a alimentar” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado –
Paulus). No evangelho retomamos o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida
tentando esclarecer o significado da multiplicação dos pães realizada
anteriormente se auto definindo como pão da vida: “No discurso de Cafarnaum
estamos ainda longe deste cume, no entanto já a palavra de Jesus se torna dura,
cortante e irredutível, mas não reduzida ao nível de acomodações e de
compromissos parciais: Ele é o pão da vida, quem vem a Ele nunca mais terá
fome, quem crê n’Ele nunca mais terá sede (cf. Jo 6,33). A expectativa mais
profunda do homem, em Cristo, realizou-se: o novo nascimento anunciado a
Nicodemos (cf. Jo 3,3.5-8) , a água prometida à Samaritana (cf. 4,10), a vida
proclamada junto à piscina de Betesda (cf. 5,21-27) encontram agora abertamente
um nome e um rosto no ‘Eu sou’ de Jesus, pão da vida” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite