Quarta, 10 de maio de 2017

(At 12,24—13,5; Sl 66[67]; Jo 12,44-50) 
4ª Semana da Páscoa.

Confirmando o relato anterior, por força do Espírito Santo, Paulo e Barnabé iniciam sua jornada rumo aos pagãos para a evangelização. João Marcos os acompanha, o provável autor do evangelho que leva seu nome. A glorificação das nações ao Senhor depende do conhecimento que essas tenham d’Ele, daí o canto do salmo num alegre convite ao louvor.    Nesse discurso de comunhão entre Jesus e o Pai aparecem alguns elementos que repetem no evangelho de João: acolher o Filho é acolher o Pai; o Filho é o rosto humano de Deus; Jesus é a Luz do mundo; somos julgados pela Palavra que ouvimos. “No Evangelho Jesus sente a necessidade de partilhar as coisas mais profundas que caracterizam a Sua vida. Fala, sim, da Sua profunda missão, mas para sublinhar que a recebe do Pai; a Palavra que Ele nos diz não vem d’Ele, mas do Pai e leva ao Pai; vendo o Filho – afirma ele – pode ver-se o Pai, ‘Aquele que O enviou’ (cf. Jo 12,45), na expectativa do dia em que ‘seremos semelhantes a Deus, porque O veremos como Ele é’ (cf. 1Jo 3,2). Jesus que ‘grita em alta voz’ (Jo 12,44) é o profeta escatológico esperado. Ele vem como luz para rasgar as trevas que caem sobre a vida humana. É-nos pedido que acreditemos que Jesus está do nosso lado: ‘Não vim para condenar o mundo, mas para salvar o mundo’ (Jo 12,47). Rejeitando esta âncora de salvação, não podemos deixar de nos condenarmos a uma existência insatisfeita, auto excluindo-nos da alegria” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado - Paulus).


Pe. João Bosco Vieira Leite