(At 12,24—13,5; Sl 66[67]; Jo 12,44-50)
4ª Semana da Páscoa.
Confirmando o relato anterior, por
força do Espírito Santo, Paulo e Barnabé iniciam sua jornada rumo aos pagãos
para a evangelização. João Marcos os acompanha, o provável autor do evangelho
que leva seu nome. A glorificação das nações ao Senhor depende do conhecimento
que essas tenham d’Ele, daí o canto do salmo num alegre convite ao louvor. Nesse discurso de comunhão entre Jesus e o Pai aparecem alguns elementos que
repetem no evangelho de João: acolher o Filho é acolher o Pai; o Filho é o
rosto humano de Deus; Jesus é a Luz do mundo; somos julgados pela Palavra que
ouvimos. “No Evangelho Jesus sente a necessidade de partilhar as coisas
mais profundas que caracterizam a Sua vida. Fala, sim, da Sua profunda missão,
mas para sublinhar que a recebe do Pai; a Palavra que Ele nos diz não vem
d’Ele, mas do Pai e leva ao Pai; vendo o Filho – afirma ele – pode ver-se o
Pai, ‘Aquele que O enviou’ (cf. Jo 12,45), na expectativa do dia em que
‘seremos semelhantes a Deus, porque O veremos como Ele é’ (cf. 1Jo 3,2). Jesus
que ‘grita em alta voz’ (Jo 12,44) é o profeta escatológico esperado. Ele vem
como luz para rasgar as trevas que caem sobre a vida humana. É-nos pedido que acreditemos
que Jesus está do nosso lado: ‘Não vim para condenar o mundo, mas para salvar o
mundo’ (Jo 12,47). Rejeitando esta âncora de salvação, não podemos deixar de
nos condenarmos a uma existência insatisfeita, auto excluindo-nos da alegria” (Giuseppe
Casarin - Lecionário Comentado - Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite