(At 18,1-8; Sl 97[98]; Jo 16,16-20)
6ª Semana da Páscoa.
Paulo segue o caminho de Cristo,
dirigindo-se e insistindo com os judeus a respeito da boa nova divina, até
chegar o momento de dirigir-se aos pagãos, a quem Jesus constantemente elogia
de modo particular em sua atitude de fé. “Ei-lo que persuade, ensina,
discute. Uma proclamação que sabe referir-se aos diversos momentos e às
situações dos destinatários, interpelando-os na sua caminhada. O anúncio do Evangelho é
proposto na integralidade, certamente, mas a integralidade não é uma síntese
apressada de conteúdos doutrinais; é, antes de mais, saber apresentar a
proposta de Jesus em múltiplos tempos e modos, de modo a ser compreensível pelo
destinatário. E para isto, Paulo encontra sempre um espaço, um lugar; rejeitado
pela sinagoga, entra numa casa hospitaleira. E, não obstante a rejeição
espalhada, o primeiro a converter-se é o próprio Crispo, chefe da sinagoga,
seguido pela sua família. A Boa Notícia ultrapassa a recusa dos homens e possui
uma eficácia própria” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado -
Paulus). Em doses homeopáticas, Jesus tenta chegar aos seus discípulos para
revelar-lhes o passo a passo do que virá com a sua Paixão, quase como um jogo
de claro/escuro que os levará a atravessar o processo.
Pe. João Bosco Vieira Leite