(At 2,36-41; Sl 32[33]; Jo 11-18)
Oitava de
Páscoa.
O cristianismo avança sob o testemunho
da pregação apostólica movida pelo despertar da fé que deve levar à conversão.
O evangelho que trata dos primeiros sinais da ressurreição de Jesus, traz hoje
um belo texto. É Maria Madalena que chora junto ao sepulcro pois julga terem
levado o corpo de Jesus. Diferentemente dos apóstolos que ali estiveram e se
foram, ela permanece numa expressão de seu afeto profundo, humano, humilde e
simples que lhe cria espaço para o encontro inesperado como seu Senhor.
Quanto mais profunda é a dor
experimentada, maior será a alegria quando está for superada. Jesus está ali,
mas ela não o reconhece, não só porque o corpo ressuscitado de Jesus trazia em
si uma nova realidade, mas porque está presa ao pensamento de terem levado o
corpo de Jesus. Ela procura um morto e não um vivo. Precisa se libertar de tal
ideia. Quando Jesus a chama pelo nome tudo muda; oxalá possamos experimentar
esse chamado, fossemos também tocados em
nosso coração por essa voz que nos desperta para uma presença de Deus em nossa
vida.
Jesus a envia aos apóstolos chamando-os
de irmãos, um tratamento que o faz ainda mais próximo de nós. Que possamos
reconhecê-lo em nosso caminhar e para além dos desejos meramente humanos que
nos move em nossa busca.
Pe. João Bosco Vieira Leite