Domingo de Páscoa – 2016

(At 10,34a.37-43; Sl 117[118]; Cl 3,1-4; Jo 20,1-9)

1. A nossa liturgia da palavra será marcada nesse período Pascal pela ausência de textos do Antigo Testamento. Toda a profecia foi concretizada em Cristo Jesus, agora nos resta descobrir o significado das coisas novas realizadas por Deus. 
- Nossa fé se alimenta do testemunho que nos foi deixado pelos apóstolos. De suas experiências vamos recolhendo uma melhor compreensão do nosso caminhar na fé e do mistério de Jesus.

2. Na primeira leitura recolhemos o testemunho de Pedro sobre Jesus. Ele vê no agir de Jesus um modo de Deus transformar a história. Lembra a paixão por Ele sofrida, mas não foi abandonado por Deus que o ressuscitou.
* De tudo isso ele é testemunha. Só lhe resta comunicar essa ação de Deus, como o faz todo aquele que por ele foi tocado de alguma forma. 

3. Paulo sinaliza a vida nova que o batismo conferiu aos que acreditaram em Cristo, uma ressurreição. Que lhes resta se não uma vida condizente com essa nova condição?
* Isso não significa uma despreocupação com as realidades que nos cercam, mas vivê-las sob uma nova perspectiva. A contínua recordação das palavras de Jesus será a luz do caminhar.

4. A calma madrugada do domingo é rompida pelos apressados passos de uma mulher que vai até o sepulcro para concluir a preparação do corpo de Jesus. Ela é surpreendida com o túmulo vazio e corre a comunicar aos apóstolos o ocorrido.
* Estes também correm para ver o que de fato aconteceu. Dos três personagens brotam perspectivas diferentes. Ela pensa se alguém roubou o corpo. Pedro fica na dúvida se algo diferente aconteceu. O outro discípulo simplesmente crê que o fato se deu: o Senhor ressuscitou. 

5. Como nos aproximamos desse mistério? O que nos diz o sepulcro vazio? O que nos diz pessoalmente a ressurreição de Cristo?
* O discípulo amado é o modelo do modo como deveríamos crer e agir, mas isso não quer dizer que outras atitudes não sejam acolhidas por Deus. Cada um tem seu modo de chegar à verdade que é Deus.

6. Os caminhos que nos levam à fé são diversos, mas todos culminam, um dia, nessa mesma certeza de que a fé nos desinstala, que ela é progressiva, que ela nos restaura, e sempre pode nos trazer uma vida nova.
* Mas tudo isso depende da nossa disposição em percorrer esse caminho. Essa é a novidade revelada por Deus em Cristo Jesus: caminho, verdade e vida. 


Pe. João Bosco Vieira Leite