Sexta, 11 de março de 2016

(Sb 2, 1.12-22; Sl 33[34]; Jo 7,1-2.10.25-30) 
4ª Semana da Quaresma. 

A figura do justo, sob o olhar do ímpio, que aparece no livro da Sabedoria delineia todo o processo da paixão de Cristo. E nos prepara ao texto do evangelho. No clímax das discussões já colocado por João, a decisão de matar Jesus já está tomada, a multidão já sabe da decisão das autoridades, como se cartazes de “procura-se” tivessem sido espalhados pela cidade. Jesus até parece um dos profetas perseguidos do Antigo Testamento. O nosso texto é entrecortado, omite vários elementos para salientar no seu final a continuidade da discussão iniciada no capítulo 5. Eles julgam saber exatamente como o Messias se manifestará. Jesus se aborrece com sua presunção e deixa claro que só Deus pode revelar a quem ele o quiser. Não o podem prender, pois a hora de Jesus está determinada pelo Pai. Somos convidados a nos envolver em toda essa trama: “o leitor se vê confrontado com as suas dúvidas e objeções a respeito de Jesus. As suas próprias dúvidas são expressas nas palavras dos judeus. E é o próprio Jesus que responde a essas dúvidas” (Anselm Grun – “Jesus, porta para a vida”).

Pe. João Bosco Vieira Leite