(Gn 17,3-9; Sl 104[105]; Jo 8,51-59)
5ª Semana da Quaresma.
A figura de Abraão
que aparece na 1ª leitura e com quem Deus estabelece uma aliança para sempre, é
citado por Jesus no evangelho como aquele que se alegrou por ter visto o dia de
Jesus. É claro que a alegria sentida por ele foi prefigurativa, talvez no mesmo
momento da encarnação do Verbo, Abraão já vislumbrava o que Deus iria realizar.
Mas esse mistério da vida escondido em Deus, Abraão já o tinha experimentado de
alguma forma quando Deus suscitou o nascimento de Isaque, mesmo estando ele e
Sara com idade avançadas. No momento de sacrificar Isaque ele também percebeu o
que é a fidelidade a Deus e a perda de um filho. Sim, Abraão teve momentos de
ressurreição; quando tudo parecia perdido, Deus atuou de modo a fazer novas
todas as coisas: a vitória sobre a morte.
Sim, este é o motivo também da nossa
alegria: saber que é possível vencer todo obstáculo, toda dificuldade, todos os
sinais de morte pela ressurreição de Cristo, último sinal deixado a nós. A vida
é mais forte que a morte.
Pe. João Bosco Vieira Leite