(Ex 32,7-14; Sl 105[106]; Jo 5,31-47).
4ª Semana da Quaresma.
O discurso sobre a incredulidade dos
judeus aberto pelo evangelho de ontem tem um pouco a ver como texto do Êxodo
que a liturgia hoje nos oferece. O episódio do rápido esquecimento do povo da
ação de Deus para tirá-los do Egito é algo que nos custa a crer, mas que toca a
nossa frágil humanidade. Facilmente perdemos o rumo quando se trata de saber
esperar.
O discurso de Jesus iniciado pela falta
de fé dos judeus permite a João aprofundar ainda mais sua visão do próprio
Jesus. O próprio texto de João já é um testemunho sobre Jesus e sua missão, mas
ele acrescenta o testemunho de João Batista e as obras que Jesus realizou em
comunhão com o Pai. Mas eles estão tão fechados em si mesmos, no próprio
sistema religioso que criaram, que se encontram cegos para perceber a luz que é
Jesus. O texto insiste sobre a necessidade de crer nele, pois nisso consiste a
salvação do ser humano. Creiamos também nós.
Pe. João Bosco Vieira Leite